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O Ministério Público do Tocantins está com uma investigação aberta sobre a locação um jatinho, um avião bimotor e um helicóptero para o transporte do governador Mauro Carlesse (PSL). O objetivo é “apurar a legalidade, legitimidade e economicidade do procedimento”, de acordo com a portaria que determinou a instauração. Ao todo, os contratos de locação podem chegar a quase R$ 29 milhões ao ano.
A apuração começou em junho, mas só veio a tona nesta quarta-feira (4). Por enquanto, o caso segue na etapa de coleta de informações e diligências, sem nenhuma decisão sobre uma eventual apresentação de denúncia. No começo da semana, o conselheiro Severiano Costrandrade, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), contrariou pareceres de auditores do próprio TCE que encontraram indícios de irregularidades na licitação e liberou a locação.
Nesta quarta-feira (4) Carlesse foi questionado sobre os aviões durante um evento em Araguaína. Ao responder, o governador se referiu às aeronaves como ‘UTIs aéreas’, mas não há qualquer previsão no pregão de que alguma das três aeronaves seja usada para este serviço. Inclusive, nenhuma delas sequer tem os equipamentos necessários para isso.
O governador disse: “Vocês acham que são contratos milionários. São contratos muito mais baratos do que os que tinha anteriormente. Com a pandemia, nós precisamos ter aviação para que? Transporte aéreo de UTIs e é necessário dentro do estado do Tocantins. Quando se fala um transporte aéreo milionário, não é bem isso. Hoje a gente coloca isso em licitação, é escolhida a aeronave que tem condições de atender ao Estado do Tocantins e é o menor preço que é feito. Principalmente por isso que tem licitação. Para pegar o melhor que pode nos atender. É importante, é fundamental, porque sem as UTIs nós não temos condições de atender a nossa população do Estado do Tocantins”.
Os modelos são de luxo, com grande capacidade de passageiros e autonomia. Em nota o governo informou que precisa de três tipos diferentes de aeronaves por causa dos vários tipos de pistas de pouso no interior. Justificou ainda a contratação citando uma agenda dinâmica e questões de segurança. A empresa vencedora do pregão é a Mill Táxi Aéreo, com sede em Manaus.
Por G1