A adolescente de 12 anos que foi sequestrada no Jardim Ingá, em Luziânia, passou por momentos angustiantes durante aproximadamente 11 horas de cativeiro. A jovem foi dopada, colocada dentro de uma mala e levada para o apartamento de Daniel Moras Bittar, um dos responsáveis pelo crime. O sequestro ocorreu na quarta-feira (28) com a participação de uma mulher identificada como Gesiely de Sousa Vieira.

Conforme informações da Polícia Civil, a menina foi abordada pelo casal por volta das 12h42, logo após sair da escola e se dirigir para casa. Testemunhas relataram ter visto os criminosos tapando a boca da adolescente, que é sobrinha de um policial militar, e a colocando no veículo.

Dentro do carro, ela foi dopada com clorofórmio e colocada em uma mala. Por volta das 14h11, Daniel foi flagrado chegando ao prédio onde mora, carregando a mala que continha a vítima. Após notar o desaparecimento da criança, a mãe dela se dirigiu à escola, onde colegas da vítima testemunharam o sequestro.

Por volta das 18h, o Serviço de Inteligência da Polícia Militar de Goiás (PMGO) foi acionado e iniciou uma operação conjunta com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Após investigações, as corporações conseguiram identificar a placa do veículo e descobrir o endereço do pedófilo.

Às 23h, os policiais chegaram ao apartamento e encontraram a adolescente seminua e algemada em uma cama. A vítima apresentava ferimentos e estava extremamente abalada emocionalmente. Ela relatou ter sido beijada e sofrido abuso sexual por parte do criminoso.

Ao ser detido, Daniel chorou e negou qualquer envolvimento com a vítima. Ele alegou apenas ter tido uma conversa com ela até então. No apartamento, os agentes encontraram aparelhos de choque, câmeras fotográficas, objetos sexuais e material pornográfico. Os dispositivos eletrônicos foram apreendidos e passarão por perícia.

Durante o depoimento, Daniel permaneceu em silêncio. Já Gesiely alegou ter sido coagida a participar do sequestro.