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O médico Álvaro Ferreira da Silva foi denunciado pelo assassinato da sua ex-companheira, a professora Danielle Christina Lustosa Grohs. O crime ocorreu na noite de 17 de dezembro de 2017, em Palmas, e alcançou ampla repercussão. A denúncia criminal foi oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) nesta segunda-feira (23).
Conforme a denúncia, Álvaro Ferreira foi enquadro pelo crime com quatro qualificadoras: motivo torpe, emprego da asfixia, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
O motivo torpe consistiu em vingança, pelo fato de Danielle ter denunciado a violação de medida protetiva por parte do ex-companheiro, uma vez que, na data anterior ao assassinato, Álvaro a agrediu e tentou esganá-la. Em razão do fato, o médico foi encaminhado à Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), porém foi colocado em liberdade em 17 de dezembro, após audiência de custódia.
Na noite do mesmo dia em que foi solto, Álvaro Ferreira invadiu a residência da vítima e surpreendeu a ex-companheira, vindo a causar sua morte por esganadura. O fato dele haver entrado a morada sem chamar a atenção, além de contar com grande vantagem física em relação à vítima, justifica a qualificadora de “uso de recurso que dificultou a defesa do ofendido”.
Já a qualificadora de feminicídio é configurada pelo fato de o crime ter sido cometido por razões do sexo feminino, havendo elementos no inquérito policial que comprovam episódios de violência praticados pelo denunciado contra a vítima.
Já a companheira do médico, Marla Cristina Barbosa Santos, não foi denunciada pelo Ministério Público. Segundo o órgão, não existem, até o momento, no inquérito policial, indícios concretos da participação no parte dele. Porém, o MPE informou que havendo o surgimento de outros elementos de prova, a atual denúncia poderá sofrer acréscimos ou uma nova denúncia poderá ser oferecida.
O médico e sua companheira haviam sido indiciados após a conclusão do do inquérito Policial que apurou a morte da professora Danielle
O MPE está atuando no caso por meio do Promotor de Justiça Rogério Rodrigo Ferreira Mota, que responde atualmente pela 2ª Promotoria de Justiça da Capital.