Médico preso é suspeito de ter cometido crimes sexuais contra cerca de 50 vítimas, em Goiás

Segundo a polícia, João Paulo Ferreira Castro foi detido por assédio e importunação contra quatro estudantes de medicina, mas há a suspeita que ele tenha feito mais vítimas. Defesa nega crimes.

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O médico João Paulo Ferreira Castro foi preso pela Polícia Civil, suspeito de importunação e assédio sexual contra quatro estudantes de medicina em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a delegada Isabella Joy, a polícia suspeita que o médico tenha cometido o crime contra mais de 50 pessoas.

“Tivemos informações, a partir de várias investigações, de que podem haver, em média, mais 53 vítimas. Por isso, pedimos que compareçam à delegacia e denunciem para que o autor possa responder por todos os crimes cometidos”, informou a delegada.

A defesa do médico negou as acusações contra seu cliente: “Essa alegação é muito tênue. É algo que precisa ser melhor avaliado, pois não houve nada extravagante. Além disso, não houve assédio ou importunação contra pacientes, mas com colegas que consideraram suas conversas inadequadas. No entanto, acreditamos que isso não ocorreu e vamos demonstrar isso ao longo do processo”.

A Universidade Evangélica de Goiás informou que João Paulo é médico residente na instituição e que, desde que tomou conhecimento dos fatos, adotou “todas as medidas administrativas pertinentes”. A universidade também se colocou à disposição das autoridades competentes para fornecer quaisquer esclarecimentos.

O Conselho Regional de Medicina do estado afirmou que “todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico”.

Além da prisão, os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão contra o médico.

De acordo com a polícia, a identificação do médico foi divulgada pela corporação para que as “imagens possam auxiliar na identificação de novas vítimas e testemunhas, além de fornecer novas provas para o inquérito”.