Operação PF mira empresários do Tocantins envolvidos em suposto esquema de lavagem de dinheiro

Durante a manhã policiais estiveram em um condomínio de luxo de Palmas. Agentes também estão nas ruas de Porto Nacional, São Paulo (SP), Santo André (SP) e Barueri (SP).

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Na manhã desta terça-feira (22), policiais federais deflagraram uma operação para investigar empresários e uma empresa de locações de estrutura de eventos. A suspeita é que o grupo alvo estaria envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo a corporação, são cumpridos 14 mandados de busca e apreensão contra dezenas de pessoas, além de empresas e servidores estaduais. Durante a manhã policiais estiveram em um condomínio de luxo de Palmas. Agentes também estão nas ruas de Porto Nacional, São Paulo (SP), Santo André (SP) e Barueri (SP).

Entre os alvos de investigação está o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos. A Justiça Federal quebrou o sigilo bancário e fiscal do político, mas não há mandados contra ele.

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Foto: Divulgação/PF

Segundo a PF, empresários residentes do Tocantins estariam enviando e recebendo recursos da empresa GCI Construtora e Incorporadora LTDA, aparentemente de fachada, localizada em São Paulo. “As investigações apontaram que os empresários investigados estariam realizando transações financeiras e imobiliárias com a referida empresa, diretamente ou por meio de interpostas pessoas”, disse a corporação.

Alguns dos investigados já foram citados em outras ações da Polícia Federal, como nas operações Ápia, Carta Marcada e Naum.

Os empresários relacionados nas investigações atuariam na área de eventos no Estado do Tocantins e já firmaram diversos contratos com o governo e municípios. As contratações ultrapassaram R$ 45 milhões.

A investigação também busca aprofundar e esclarecer uma possível lavagem de dinheiro do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (IGEPREV). “A mesma empresa de São Paulo que transacionava com empresários do Tocantins recebeu quase R$ 2 milhões da empresa destinatária de recursos do IGEPREV/TO, no ano de 2014”, informou a PF.