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Uma maionese diferente, com promessa de ser mais saudável e gostinho de açaí foi produzida por pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins (UFT). A novidade recebeu a patente do produto foi concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) à instituição.
Segundo a instituição, a patente foi solicitada em 11 de abril de 2016, publicada em 18 de setembro de 2018 e concedida na última terça-feira (6), com um prazo de validade de 20 anos, válidos a partir de 11 de abril de 2016. A concessão da patente foi publicada na Revista de Propriedade Industrial, número 2635, na seção de Patentes.
Essa é a primeira vez que a UFT recebe uma Carta Patente de Invenção. A tecnologia intitulada ‘Composição de maionese com polpa de açaí’, foi desenvolvida pelo professor de engenharia de alimentos, Robert Taylor Rocha Bezerra, e pelos egressos do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA), Eder Alencar Resende, Marcela Mona Sá Santos e Fabiana de Oliveira Pereira.
Segundo o professor Robert Taylor Bezerra, o processo de concessão de patente é demorado, até porque a ideia passa pela análise de vários técnicos e especialistas. “Esse trabalho começou dentro de sala de aula prática, no laboratório do curso de mestrado. O desafio era agregar potencial positivo a um produto que tem estigma, que causa dano à saúde”, explica.
Robert conta que o próximo passo é aprofundar a pesquisa e fazer a publicação científica sobre os benefícios do produto. Em seguida, o pesquisador deve procurar empresas que queiram reproduzir a maionese com açaí.
O professor garante, essa maionese saudável é gostosa também. “Ela não perde em nada com relação ao sabor para as demais maioneses. Tem um sabor muito pequeno do açaí. Quem não gosta de açaí, não vai deixar de consumir porque o gosto é de maionese mesmo. Mas também podemos desenvolver o produto que tenha teor maior para pessoas que queiram sentir o gosto mais forte do açaí”, disse ele.
Além desta patente, a UFT possui mais 40 pedidos em análise pelo INPI – sendo 31 de titularidade exclusiva da UFT e 9 são em co-titularidade com outras empresas e ICTs.
“A concessão da patente pode agregar valor financeiro à tecnologia que, ao ser licenciada para exploração comercial, gera receita, através de royalties, para a universidade e também para os autores. Assim, os valores arrecadados são revertidos em investimentos para pesquisas e inovação tecnológica. A concessão desta patente é um marco para a UFT e mostra o potencial dos nossos pesquisadores”, afirma a coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica, Claudia Cristina Auler do Amaral Santos.
* Com informações do G1