Mãe e filho são condenados por matar aposentado com marretadas e queimar corpo

Crime foi em 2022 em Araguaína, no norte do Tocantins. Pós ter o corpo queimado, idoso foi abandonado às margens da TO-222. Crime foi motivado por briga por patrimônio.

Compartilhe:

>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.

O Tribunal do Júri condenou uma viúva de 60 anos e o filho dela de 40 anos pelo assassinato do aposentado Faustino Brito Lima, de 74 anos. O crime ocorreu em 27 de março de 2022, em Araguaína, no norte do estado. O corpo da vítima foi encontrado no dia seguinte com a cabeça esmagada por golpes de marreta e parcialmente queimado. A decisão cabe recurso.

O julgamento começou na terça-feira (11), às 8h, e terminou por volta das 22h do dia seguinte. Conforme a sentença do juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra, a viúva recebeu uma pena de 1 ano e 3 meses de prisão, mais 6 meses de detenção e 30 dias-multa, a ser cumprida em regime aberto.

Já o filho, Wesley Carvalho da Silva, foi sentenciado a 15 anos e 15 dias de prisão, mais 6 meses de detenção, além de uma multa de 30 dias-multa pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, destruição e ocultação de cadáver e fraude processual. A pena deverá ser cumprida em regime fechado.

Conforme consta nos autos, a viúva registrou a ocorrência em 28 de março de 2022 na 5ª Central de Atendimento da Polícia Civil, afirmando que havia saído de casa no dia anterior às 13h, deixando o esposo na residência no setor Araguaína Sul, e que ao retornar às 16h, ele não estava mais. No atestado de óbito registrado pela esposa em 30 de março de 2022, ela declarou que o falecido não deixou bens a inventariar nem testamento.

No mesmo dia, policiais encontraram um corpo às margens da rodovia TO-222 no sentido Araguaína a Filadélfia. A viúva e o enteado inicialmente não reconheceram o corpo, que foi identificado apenas após exames legais.

Uma das filhas do aposentado, de um relacionamento anterior, também prestou depoimento em 30 de março de 2022, apontando a viúva como suspeita. Ela mencionou que os irmãos viviam afastados do pai, mas que ela o visitou em 2019, um gesto que desagradou a então esposa. A filha disse que a viúva insistia que a família do aposentado declarasse que ele não possuía bens e alegava que os imóveis pertenciam ao casal.

Em abril de 2022, o enteado confessou o crime e acompanhou os investigadores até o imóvel, relatando os acontecimentos. Segundo o processo, a mãe e o padrasto discutiam sobre patrimônio quando entraram em luta. O enteado, que estava próximo fazendo a manutenção de uma carretinha, interferiu na discussão, mas foi repelido pela vítima. Em seguida, ele pegou uma marreta e acertou a cabeça do padrasto.

Após o assassinato, mãe e filho atearam fogo ao corpo, mas apagaram as chamas e transportaram o cadáver no carro da vítima até o local onde o abandonaram, pois o veículo apresentou falhas mecânicas. Os dois limparam o local do crime, pintaram as paredes para ocultar manchas de sangue, lavaram o carro e removeram todos os forros da parte traseira do veículo, onde o corpo foi transportado.

Quando os investigadores cumpriram o mandado de apreensão do automóvel, ele estava com a viúva em uma estofaria para substituir os estofados.