A mãe de um empresário foi sequestrada e torturada com alicate e coronhadas em Goiânia, na tarde de quinta-feira (10). De acordo com a Polícia Militar de Goiás, o crime ocorreu quando a vítima chegou em sua residência, no setor Santa Genoveva. Dois suspeitos foram presos no Jardim Primavera.
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Um vizinho relatou que viu o momento em que dois homens abordaram a idosa. “Vi dois homens com uniforme da Equatorial abordando ela na porta de casa”, contou. A neta adolescente da vítima, que estava na residência, relatou à polícia que os criminosos invadiram a casa armados e levaram a avó. Eles reviraram o local à procura de um cofre.
Segundo a PM, os criminosos exigiram que a idosa revelasse a senha do cofre. Quando ela disse que não sabia, foi torturada física e psicologicamente. “Depois que eles não conseguiram o que queriam com ameaças, começaram a agredi-la com um alicate, apertando seus dedos, e deram coronhadas em sua cabeça”, relatou um familiar.
Após a tortura, os criminosos obrigaram a idosa a entrar em um veículo, levando também o cofre. Eles colocaram um pano sobre sua cabeça e dirigiram pela cidade. Os sequestradores chegaram a gravar um vídeo da idosa, pedindo desesperadamente para que sua família enviasse dinheiro: “Manda o dinheiro, por favor. Eles vão cortar um dedo, depois outro… Dinheiro não serve para nada.”
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Os sequestradores, um adolescente de 16 anos e um homem de 33, disfarçados com uniformes da empresa de energia elétrica, cortaram a energia da casa antes de invadir. A neta de 15 anos foi amarrada, e a avó sequestrada. Além do cofre, os criminosos roubaram uma televisão, dois celulares e um porta-joias avaliado em mais de R$ 15.000.
Inicialmente, os criminosos exigiram R$ 350.000 de um dos filhos da vítima, mas depois reduziram o valor para R$ 50.000. Eles forneceram a conta de um “laranja”, adquirida por R$ 150, para o depósito. A polícia conseguiu localizar os suspeitos e prender dois deles no Jardim Primavera.
A idosa foi resgatada em uma área de mata em Trindade, após ser mantida em cativeiro em uma casa abandonada no Jardim Goyazes. Todos os objetos roubados foram recuperados, exceto o cofre.
A Equatorial, empresa cujos uniformes foram usados no crime, informou que está apurando os fatos e que “segue rigorosos padrões éticos em suas contratações”.