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Lixo hospitalar foi encontrado pela Polícia Civil enterrado na fazenda da família do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB). O local foi escavado com maquinários e foram desenterradas seringas, luvas e frascos de remédio e até agulhas. A fazenda fica entre Araguaína e Wanderlândia, na região norte do Tocantins. O caseiro fugiu ao ver os policiais chegarem no local.
O lixo estava enterrado na entrada da propriedade, a cerca de 300 metros da BR-153. A polícia acredita que a família tentou “limpar a área e desfazer da materialidade do crime”.
Peritos e equipes do Naturatins se encontram no local. O trabalho de perícia e de escavação deve durar a tarde inteira.
A Polícia Civil informou que a fiscalização ocorreu após denúncias de que parte do material encontrado no galpão havia sido transportado para essa fazenda.
Para o delegado responsável pela fiscalização, “mais uma vez há uma vinculação da família Olinto com o caso, considerando que essa fazenda também pertence a família, assim como o depósito. É uma tentativa de limpar a área e desfazer da materialidade do crime, trazendo pra uma outra propriedade da mesma família”, pontuou.
Escândalo do lixo
A polêmica começou quando um galpão foi encontrado com quase 200 toneladas de lixo hospitalar. No local deveriam funcionar duas empresas cadastradas no nome do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), filho do advogado e ex-juiz eleitoral João Olinto. O parlamentar negou envolvimento.
Investigação
João Olinto é apontado como sócio da Sancil Sanantonio Construtora e Incorporadora LTDA, empresa contratada sem licitação para coletar o lixo do Hospital Regional de Araguaína. Conforme o contrato foi publicado no Diário Oficial do Estado, do dia 6 de agosto desse ano, o valor mensal pelo serviço ultrapassa R$ 500 mil. o ex-juiz nega que tenha vínculo com a empresa.
Polícia Civil informou que investiga a relação dessa empresa com o galpão onde foram encontradas mais de 200 toneladas de lixo na última quarta-feira (7). A suspeita é que esses resíduos sejam do Hospital Regional de Araguaína.
As investigação indicam que o galpão pertenceria ao deputado estadual Olyntho Neto e filho do ex-juiz eleitoral. No local deveria funcionar uma fábrica de farinha, mas a estrutura está oficialmente desativada há pelo menos dez anos. Duas empresas estão registradas no endereço e ambas estão no nome do parlamentar.
O o depósito clandestino foi interditado por fiscais do meio ambiente e a Defesa Civil municipal na semana passada, depois que foi encontrado seringas, ampolas de remédio e curativos.
Foragido
João Olinto está foragido da justiça, Durante o cumprimento do mandado de prisão, o ex-juiz conseguiu fugir por uma mata nos fundos do hotel. A polícia também fez buscas no escritório dele e encontrou o local todo revirado e sem alguns equipamentos.
Os advogados de Olinto entraram com pedido de habeas corpus, que foi negado pelo desembargador José de Moura Filho.
Duas funcionárias de João Olinto também estão com a prisão decretada: Ludmila Andrade de Paula e Waldireny de Souza Martins. Elas aparecem como sócias da empresa e são acusadas de crime ambiental e organização criminosa.
Suspensão do contrato
Após a repercussão do caso, O Governo interrompeu a coleta de lixo em 13 hospitais de seis regiões do Tocantins. A medida se deu devido suspensão do contrato com a empresa Sancil Sanantonio Construtora e Incorporadora LTDA, cujo um dos sócios da empresa é o advogado e ex-juiz eleitoral, João Olinto Garcia de Oliveira.