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A lei que cria o Dia do Padre Luso foi sancionada em Porto Nacional. Aprovada na Câmara Municipal da cidade em 4 de agosto do ano passado, o texto institui o dia 3 de agosto para homenagear anualmente o pároco que é visto como um santo por moradores.
A autora o proposta, a vereadora Rosângela Mecenas, justificou relevância pela importante figura de Padre Luso para o município. “O padre portuense é conclamado como santo por muitos munícipes de nossa cidade e são atribuídos a ele muitas curas e milagres. Tal santidade é reforçada pelo seu histórico impressionante de fé, humildade, caridade e dedicação à igreja”, ressalta.
Padre Luso Matos nasceu em 16 de dezembro de 1906, em Balsas, no Maranhão. Ele foi ordenado sacerdote na Diocese de Porto Nacional em 23 de setembro de 1945, por D. Alano du Noday que era bispo da diocese da cidade na época. O Padre faleceu em 03 de agosto de 1987, com fama de santidade.
Devoto de Nossa Senhora de Fátima, Padre Luso, o apóstolo do sertão, é descrito no livro de contos: Negro d’água: mitos e lendas do Tocantins, de Moura Lima, como um homem de “estatura magríssima, desengonçada […] mas naquele corpo frágil morava uma alma superior, onde pulsava a consciência cósmica ou poder divino. A cabeça enorme, chata, como convém a um maranhense da gema. O rosto, branco, com sulcos profundos, sinalizavam as dores do mundo, e os olhos, límpidos, penetrantes, místicos, denotavam a força espiritual de seu ser; o nariz, achatado e proeminente, demonstrava um caráter disciplinado. Era um santo reservado, que cumpria rigorosamente os cânones da igreja. Não era daqueles santos rebeldes que saem pelo mundo afora pregando à multidão. Repito, era ordeiro e disciplinado na sua caminhada de luz”.
No texto, o autor relata ainda que nos “nos corredores do seminário (São José), era comum ver, a distância razoável, a sua aura luminosa, especialmente quando saía em orações. A sua memória era prodigiosa, simplesmente lembrava tudo e de todos, podiam passar os anos.
Entre os vários contos sobre o sacerdote, há uma passagem que relata que quando saía em oração pelos jardins do seminário, vários pessoas, entre seminaristas e colegas de sacerdócio, teriam testemunhados o Padre Luso ‘flutuando no ar’.