Lavradora entra na Justiça para Estado fornecer remédio de alto custo; ela luta contra um câncer de pele há 12 anos

Medicação que a mulher precisa custa R$ 26 mil, cada caixa. Ao longo do tratamento ela passou por 12 cirurgias e várias sessões de radioterapia.

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A lavradora Maria Helena está há 12 anos lutando contra um câncer de pele. Ela passou por 12 cirurgias e várias sessões de radioterapia. Agora, precisa tomar uma medicação que custa R$ 26 mil, cada caixa. Sem condições financeiras, a mulher está há mais de um ano buscando na Justiça o direito de receber o remédio pela rede pública.

“Já fiz 12 cirurgias. Aí o médico falou que não tinha condição de fazer mais, que o tinha para fazer já tinha feito. A outra coisa que eu tinha que fazer era tomar o remédio que custa R$ 26 mil. Eu não tenho condição de comprar porque eu tenho salário mínimo, meu marido trabalha de diarista”, lamentou a paciente de 46 anos.

Para obrigar o estado a fornecer o remédio, a família da Maria Helena entrou com uma ação na justiça em 2019, mas até agora não teve resposta.

“O medicamento é muito caro. A gente quer que o Estado forneça medicamento para minha irmã porque é muito triste ver a pessoa na situação que ela está. Ela deu entrada em dezembro de 2019”, afirmou a Maria José, irmã da paciente.

O câncer de pele geralmente afeta as partes do corpo mais expostas ao sol, como a região da cabeça e pescoço. No Tocantins a grande incidência solar é considerado fator de risco.

“Eles podem surgir em idade adulta e em idosos. É muito comum devido à exposição solar. Então, as áreas que vão surgir lesões de pele, pintinhas e manchas, geralmente, são áreas que tiveram agressão pelos raios solares. Na nossa região tem uma grande incidência de câncer de pele devido a nossa exposição solar”, comentou a médica Rayla Souza.

O câncer de pele está entre os tipos mais comuns no país. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, em 2021 devem surgir mais de 620 mil casos da doença no Brasil.

Casos que podem ser evitados com cuidados básicos no nosso dia a dia. O ideal é usar protetor solar e evitar longas exposições ao sol. Além disso, é preciso ficar atento ao surgimento de pintas e manchas na pele e procurar um médico.

“A gente entende que a aplicação do protetor solar precisa ser repetida no rosto, na face, nas mãos e procurar o atendimento precoce porque mesmo que faça toda a prevenção com uso de protetor solar, você pode sim apresentar um câncer de pele”, explicou a médica.

O que a Secretaria da Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que o medicamento que a paciente precisa é de alto custo e não é padronizado na rede estadual. Explicou que a compra é feita de acordo com a demanda de cada paciente.

Também afirmou que tem ciência desse processo judicial, fez o pedido de compra da medicação para um período de seis meses e assim que finalizar a aquisição vai entrar em contato com a paciente para que faça a retirada na central de distribuição.

Por G1