Justiça mantém preso casal suspeito de matar vizinha que recusou fornecer senha de Wi-Fi

Crime ocorreu Conceição do Araguaia, região sudeste do Pará. Decisão foi tomada após audiência de custódia nesta terça-feira (25).

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O casal suspeito de assassinar a vizinha após uma discussão por conta do Wi-Fi teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça, nesta terça-feira (25), após audiência de custódia no Pará.

Segundo as investigações, Clebiana Corrêa da Silva, de 41 anos, foi morta a facadas ao supostamente se recusar a fornecer a senha de acesso à internet para Ivane da Silva Sousa, de 38 anos, e Manoel Edilson Flávio da Silva, de 44 anos.

O crime ocorreu em Conceição do Araguaia, região sudeste do Pará, no domingo (23). Ivane foi presa no mesmo dia e Edilson um dia depois, na segunda-feira (24), ambos em flagrante.

Manoel Edison Flávio da Silva
Manoel Edison foi preso próximo à fronteira entre os estados do Pará e Tocantins.

O documento da audiência desta terça (25) indica que, com base nos relatos das testemunhas, a suposta autora da facada que matou a vítima foi Ivane.

Na delegacia de Conceição do Araguaia, Ivane negou ter desferido a facada contra a vítima e afirmou que seu companheiro foi quem matou Clebiana.

O velório de Clebiana foi realizado em uma capela particular no centro de Conceição do Araguaia.

Decisão

O delegado de Polícia Civil Diógenes Melo, que atuou na prisão, solicitou ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ PA) a transferência dos suspeitos para uma unidade prisional em Marabá, a 450 km de onde o crime ocorreu.

Contudo, nesta terça (25), com a prisão do casal mantida, o juiz autorizou o encaminhamento dos dois suspeitos para o presídio de Redenção, no sul do Pará, a 96 km de Conceição do Araguaia.

Nos documentos sobre a decisão, Manoel alegou ter sofrido abusos de autoridade por policiais, como chutes nos rins, ofensas e ameaças de morte.

O juiz responsável, José Augusto Pereira Ribeiro, requisitou a instauração de um inquérito policial para apurar a denúncia, que deve ser enviada à Corregedoria da Polícia Militar.

Sobre as alegações do suspeito à Justiça, a PM informou que “vai apurar os fatos” e que “não compactua com desvios de conduta de qualquer agente”.