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A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz, localizada em Manguinhos, na Zona norte do Rio, foi obrigada a suspender as atividades várias vezes no primeiro semestre deste ano.
A medida foi tomada para não colocar ainda mais em risco os alunos e profissionais da instituição, diante das constantes operações policiais na região.
A diretora da unidade, Anakeila de Barros Stauffer ressalta que a realidade, infelizmente, é comum a muitas escolas do Rio.
A política de segurança pública que gera situações como essa e os diversos casos de mortes de crianças e adolescentes em decorrência de operações policiais realizadas em favelas e periferias do Rio estão descritas em um informe enviado pela organização Justiça Global à Relatora Especial sobre Execuções Extrajudiciais, Sumárias ou Arbitrárias da Organização das Nações Unidas, Agnes Callamard.
A pesquisadora da Justiça Global, Monique Cruz, explica que as Nações Unidas já foram acionadas outras vezes e em 2007 respondeu com a vinda do relator para execuções sumárias ao Conjunto de favelas do Alemão.
Entre os casos citados no relatório está o da menina Maria Eduarda da Conceição, de 13 anos, morta por tiros de fuzil na Escola Municipal Daniel Piza, em março deste ano, e o do bebê Arthur, atingido ainda na barriga da mãe no último mês de junho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O informe também destaca o racismo expresso na política de segurança pública já que todos os casos relacionados são de crianças e adolescentes negras e moradoras de áreas pobres. (Agência Brasil)
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