Justiça Federal manda tirar do ar o Telegram do Brasil após pedido da PF

O aplicativo tem ignorado os pedidos de medidas para combater conteúdos que fazem apologia de violência e ameaças de ações em colégios.

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A Justiça Federal decidiu tirar do ar o Telegram no Brasil. A determinação atende a um pedido da Polícia Federal em investigações envolvendo ataques a escolas. A informação foi confirmada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, a jornalistas nesta quarta-feira (26) no Ceará, onde cumpre agenda oficial.

O Telegram tem ignorado os pedidos de medidas para combater conteúdos que fazem apologia de violência e ameaças de ações em colégios. Na semana passada, o ministro da Justiça, Flávio Dino, editou uma portaria sobre o tema e já falava na possibilidade de suspender redes que descumprissem os artigos.

O ministro afirmou que foram encontrados diversos grupos anti-semitas no Telegram nos últimos dias, motivo pelo qual a plataforma foi suspensa no Brasil nesta quarta-feira, em determinação da Justiça Federal do Espírito Santo. Em cerimônia de entrega de viaturas no Ceará, Dino afirmou que o pacote de ações contra a violência escolar é um “pacto pela paz, pela segurança e pela justiça social”.

A possibilidade de suspensão do Telegram já havia sido posta na mesa pelo ministro da Justiça na última semana. No dia 21, a pasta abriu um processo administrativo contra a empresa após ela não informar os mecanismos adotados para conter conteúdos de ódio e ataques escolares.

“Há agrupamentos denominados frentes anti-semita atuando nestas redes, e nós sabemos que isso está na base da violência contra nossas crianças. Então nós estamos aqui, em nome do presidente da república, para fortalecer esse pacto. Pacto pela paz, pela segurança, pela justiça social”, afirmou Flávio Dino.