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Wanderson Aires de Souza e Wildemarques Dias Alves foram condenados a mais de 40 anos de prisão pelo assassinato da menina Andressa Aires, de apenas 12 anos, em Talismã, no sul do Tocantins. A vítima era irmã de Wanderson. O crime bárbaro aconteceu em fevereiro de 2020 e, na época, a polícia afirmou que a menina recebeu 12 facadas e tijoladas na cabeça e ainda foi sufocada com o próprio sutiã.
O júri popular foi realizado no Fórum de Alvorada. A audiência começou na manhã desta sexta-feira (13) e só terminou na madrugada deste sábado (14).
Os jurados reconheceram que os réus são culpados pelo homicídio e pelo estupro, com todas as qualificadoras, ficando cada um condenado a pena de 40 anos e seis meses.
No início da audiência, a defesa de Wildemarques informou à TV Anhanguera que algumas provas dos autos causam dúvidas sobre a participação dele no crime. O advogado do Wanderson afirmou que acredita na total inocência do cliente e que não há provas suficientes de sua participação no crime.
A mãe da vítima e de um dos acusados, Creusiani Aires, falou sobre o caso antes da sentença.
“Eu nunca esperava na minha vida acontecer uma coisa dessas na minha família. Estou muito abalada com isso. Eu estou aqui para saber a verdade, que até hoje eu não sei, e pedir justiça”, disse emocionada.
O crime
Andressa Aires foi assassinada em fevereiro de 2020. Antes do corpo ser encontrado, a adolescente ficou desaparecida por cinco dias e buscas foram mobilizadas pela região. Ela foi localizada em um terreno baldio perto de onde a família morava.
Os detalhes das circunstâncias violentas da morte acabaram gerando choque e comoção entre os moradores da cidade.
O MP disse que “segundo os autos do inquérito policial, Wanderson Aires de Souza estuprou a irmã, mediante violência e grave ameaça, em posse de uma faca, em uma construção abandonada próxima à casa da família”.
Ainda segundo a promotoria, Wildemarques Dias Alves confessou a participação no crime e disse que foi até o local por ‘ciúmes’ de Andressa. Ele também teria abusado da garota antes do assassinato. Na época do assassinato, a Polícia Civil disse que a motivação do crime seria que a jovem estaria mantendo um relacionamento com uma terceira pessoa.
Na hora de matar a vítima, segundo sustenta a acusação, “ambos desferiram diversas tijoladas na cabeça da vítima. Após esse ato, sufocaram-na com o próprio sutiã e desferiram 12 golpes de faca, matando a adolescente”.
O MP pede a condenação dos dois pelos crimes de feminicídio com uso de asfixia, tortura e meio cruel; estupro de vulnerável e ocultação de cadáver. Quer ainda que eles sejam condenados a indenizar a família da adolescente.