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Em júri popular realizado em Araguaína, nesta quinta-feira (24), o jovem Hiago Pereira da Silva, de 24 anos, foi condenado a 15 anos e 6 meses de reclusão pela morte do estudante Fabrício Martins Teixeira, de 23 anos. O crime ocorreu em maio de 2017.
O caso teve grande repercussão na cidade. Conforme a sentença, Hiago foi condenado por homicídio qualificado, praticado por motivo fútil, meio cruel, dissimulação, ocultação de cadáver e também fraude processual.
Segundo o Promotor de Justiça Célem Guimarães, a vítima e o autor eram colegas de trabalho. O motivo do crime teria sido um vídeo que Hiago fez de Fabrício com as partes íntimas à mostra dentro da empresa em que eles trabalhavam. Depois disso, a vítima teria cobrado dinheiro para não entregar Silva ao patrão.
O cadáver de Fabrício foi encontrado no dia 3 de junho de 2017, debaixo de uma ponte.
Entenda o caso
Segundo a polícia, os agentes chegaram até Hiago depois de encontrar mensagens trocadas entre ele e a vítima. O suspeito, que também é universitário, era funcionário do mesmo frigorífico onde Fabrício trabalhava. O crime teria relação com uma gravação feita dentro do banheiro da empresa.
Conforme investigações, Hiago teria gravado com um celular Fabrício trocando de roupa. O suspeito mandou o vídeo para a vítima, mas disse que apagaria as imagens. Depois disso, o estudante, de posse da gravação, passou a ameaçar o autor do crime. Ele exigiu R$ 4 mil para não denunciar Hiago ao departamento de Recursos Humanos do frigorífico.
Foram cerca de dois meses de negociação até que, na noite de 19 de maio, Hiago, desesperado com a possibilidade de demissão, chamou a vítima para ir até a casa dele, no bairro São João. O suspeito contou que tinha arrumado o dinheiro, mas na verdade, a intenção dele era matar Fabrício. E foi o que aconteceu. O estudante de Educação Física foi morto a facadas depois de uma intensa luta corporal.