Jovem presa por golpe do falso PIX comprou próteses de silicone com comprovante de pagamento falso em Goiás

Segundo a polícia, Amanda Montel tem várias passagens por realizar procedimentos estéticos e não pagar pelos serviços. Prejuízo a todas as vítimas espalhadas pelo Brasil é de cerca de R$ 200 mil.

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Amanda Mendonça Montel, de 23 anos, está sendo investigada pela Polícia Civil de Goiás por adquirir próteses de silicone de uma empresa em Goiânia, utilizando um comprovante de pagamento falso e desaparecendo em seguida, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 5 mil. O mandado de prisão preventiva contra a jovem foi cumprido em Gurupi, Tocantins, onde reside.

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De acordo com a polícia, Amanda já tem histórico de realizar procedimentos estéticos sem efetuar o pagamento; veja mais detalhes abaixo. A Polícia Civil autorizou a divulgação de seu nome e imagem com o objetivo de identificar possíveis novas vítimas.

O delegado Daniel José de Oliveira informou que o mandado foi cumprido na terça-feira (10), durante uma audiência no Fórum de Gurupi. Amanda preferiu permanecer em silêncio quando questionada sobre o crime.

As investigações apontam que o golpe ocorreu em junho de 2024, quando Amanda comprou próteses de silicone de uma empresa no Setor Oeste, em Goiânia. Após finalizar a negociação, ela apresentou ao vendedor um comprovante bancário falso. As próteses foram enviadas para Gurupi, onde ela mora. Somente depois o funcionário da empresa percebeu que o comprovante era falsificado e acionou a polícia.

Histórico de golpes

Amanda já é conhecida por envolvimento em crimes de estelionato e falsificação de documentos em Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins, somando prejuízos de pelo menos R$ 200 mil.

“Ela usava serviços e produtos em benefício próprio”, afirmou o delegado.

Em Goiás, a jovem foi alvo de dois boletins de ocorrência em 2022. No primeiro caso, registrado em julho, Amanda esteve envolvida em uma fraude no Setor Universitário. No segundo, em agosto, em São Miguel do Araguaia, ela foi presa em flagrante após tentar realizar compras em um supermercado e agendar o pagamento via PIX, fazendo o funcionário acreditar que a transferência estava concluída.

Ainda em 2022, Amanda foi acusada de forjar o comprovante de pagamento de uma cirurgia plástica, enganando o cirurgião responsável. O g1 tentou obter informações sobre esse processo junto ao Ministério Público, mas não recebeu resposta até a última atualização.

Jovem é presa suspeita de aplicar golpe do falso PIX após fazer procedimentos estéticos.
Foto: Divulgação

Em maio de 2022, Amanda foi presa em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, após realizar uma lipoescultura e implantar próteses de silicone. Ela apresentou comprovantes de uma Transferência Eletrônica Disponível (TED), mas não possuía saldo suficiente para concluir a operação, gerando um prejuízo de R$ 45 mil.

De acordo com a polícia, Amanda foi internada em um hospital na manhã de 24 de abril daquele ano e passou por procedimentos estéticos que duraram quase oito horas. Após a cirurgia, ela foi confrontada pela clínica sobre o pagamento, momento em que ligou para o marido, que a aguardava em um hotel. Ele informou que não havia dinheiro suficiente para cobrir os custos. Amanda então assumiu a culpa pelo golpe e foi detida pela Polícia Militar, sendo levada para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC) do Centro, onde confessou o crime. Ela tinha 21 anos na época.

Tocantins

Em 24 de julho deste ano, Amanda foi presa em Gurupi, Tocantins, após realizar procedimentos estéticos em uma clínica e simular o pagamento antes de desaparecer. O tipo de procedimento que ela fez, no entanto, não foi divulgado.