Um rapaz conhecido como Tananore Fúscia, de 25 anos, foi brutalmente espancado por três homens após sair de uma loja de conveniência, no centro de Palmas. O caso aconteceu na noite deste domingo (18). Depois do ocorrido ele fez um desabafo em um rede social.
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“Dessa vez foi comigo. Antes de tudo só posso agradecer de todas as formas possíveis aos meus protetores espirituais por não estar morto”, relatou o jovem que afirma ter sido vítima de homofobia.
“Estava saindo de uma conveniência no centro quando fui abordado por três caras que me agrediram covardemente, com socos, garganteada, humilhações e ameaça de morte”, disse Fúscia. O jovem conta que na hora não entendia entendia bem o que acontecia, quando um dos agressores disse “eu tinha era que matar uma pessoa como você que não tem nada pra mim.
Ainda segundo a vítima, após a agressão ele foi abandonado sem tênis, óculos e cartão bancário. Logo em seguida ele foi para a kitinet onde mora, onde pediu ajuda para os vizinhos. O jovem sangrava muito e tinha uma marca de perfuração nas costas. Ele destacou a “coincidência” de ter sofrido a agressão pouco antes da Parada LGTBI, que aconteceu neste domingo, em Palmas.
Fúcsia foi para Unidade de Pronto Atendimento e depois para o HGP onde ele disse que foi bem atendido.
Em seu relato, o jovem escreve que “existe uma revolta que parece muito com o sangue pisado, sangue seco que se pregou por todos os meus pelos. existe ainda quem questione e diga que não foi homofobia, que todos estão sujeitos a isso, que eu provoquei, quem mandar estar na rua uma hora dessas, etc etc. mas quando você protagoniza algo assim, vive na carne e sente toda a raiva que seu corpo estranho”
O jovem agradeceu todo o apoio recebido e tranquilizou os amigos dizendo que agora ele estava bem.
Finalizando o seu desabafo, o jovem conta que “quando você se sente incapaz de ignorar o quanto as pessoas podem ser cruéis, que elas podem te humilhar e tirar sua vida para estar tomando umas no bar alguns minutos depois contando a cara que o viadinho manchado fazia enquanto levava uns socos – você percebe que não tem como relativizar qualquer intenção, minhas amigas bichas estão com medo de viver, estamos muito cansadas de estar vulneráveis”.
Foto: Reprodução
