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Um jovem foi amarrado com uma corda no pescoço e arrastado em uma estrada de terra em Alto Paraíso de Goiás, no entorno do Distrito Federal. O caso aconteceu durante a 2ª Cavalgada das Comitivas, no último domingo (19). Imagens gravadas no local mostram o momento do crime. O autor já foi identificado pela Polícia Civil e deve prestar depoimento ainda nesta semana.
Imagens mostram o momento em que a vítima é amarrada e arrastada durante o evento em Alto Paraíso. Na filmagem, é possível ver que várias pessoas presenciaram o crime, mas não intervieram.
Assista o vídeo:
A vítima também teria sido arrastada pelo acusado a cavalo antes de ser arrastado a pé na frente de dezenas de pessoas que assistiam à cena sem fazerem nada. O caso começou ser investigado após o jovem denunciar o caso na delegacia, mas ele pediu sigilo devido ao constrangimento que tem passado com as imagens circulando na internet.
O delito passou a ser apurado logo após a jovem procurar a delegacia para prestar queixa. A delegada responsável pelo caso, Bárbara Buttini, disse que o acusado e a vítima já se conheciam e, inclusive, o agressor teria comprado o ingresso para a vítima participar da cavalgada.
Segundo a delegada, a vítima não estava em estado de consciência normal. A suspeita é de que um dos autores tenha dado algum tipo de droga para o homem que não terá a identidade revelada.
Bárbara Buttini informou ainda que instaurou dois inquéritos para apurar o crime. O primeiro investiga a conduta de quem amarrou e arrastou a vítima e o segundo apura a conduta das pessoas que estavam presentes e se omitiram diante da ação criminosa.
A investigadora contou que o delito é apurado como tentativa de homicídio qualificado por asfixia. O autor do crime e as pessoas que se omitiram devem ser ouvidas nesta semana.
Fazenda do prefeito
A fazenda onde o crime ocorreu é de propriedade do prefeito de Alto Paraíso de Goiás, Adilson Rinco (DEM), e estava alugada para a empresa HC Festas e Eventos. Mesmo sem relação com o caso, ele lamentou o ocorrido.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, o político diz que todos os cuidados foram tomados anteriormente e que o evento contou com a presença esporádica da Polícia Militar e vigilância constante de segurança privada.
A HC Festas e Eventos, empresa responsável pela cavalgada, afirmou em nota que o caso aconteceu após o encerramento da festa. “O SAMU e a Polícia Militar foram acionados também por nós, prestando apoio à vítima. Os responsáveis pela organização não têm vínculo com o ocorrido. Lamentamos e faremos o possível para que seja esclarecido”, disse a empresa que excluiu sua conta no Instagram após a divulgação do vídeo do crime.
Família e vítima estão abalados
A delegada responsável pelo caso, Bárbara Buttini, relatou, também, que o jovem agredido está bastante abalado. O pai do garoto contou que, além das agressões, a vítima foi atirada em uma vala e teria chegado a desmaiar e vomitar seguidas vezes antes de ser atendida.
“O público batia palma. Depois de arrastar ele, o jogaram em uma vala. A gente é humilde, mas somos seres humanos. Ele tem pai, tem família, tem gente por ele. É revoltante ver o que aconteceu com o meu filho”, declarou.