Investigadores da FAB visita local da queda de avião com delegação da equipe do Palmas

Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos investiga do caso. Aeronave caiu no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional; seis morreram.

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Uma equipe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VI) esteve, na manhã desta segunda-feira (25), no local da queda do avião que transportava parte da delegação do Palmas Futebol e Regatas. O acidente aconteceu neste domingo (24) no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional. Seis pessoas morreram no acidente.

A aeronave caiu pouco após decolar da pista da Associação Tocantinense de Aviação (ATA), por volta das 8h30. Testemunhas relataram ter ouvido duas explosões após a aeronave atingir o solo. Todas as vítimas ficaram carbonizadas.

Todo o trabalho dos investigadores nos destroços do avião durou aproximadamente três horas. Agentes da Polícia Federal do Tocantins também estiveram no local da queda durante a manhã. O laudo com as possíveis causas do acidente ainda não tem prazo para sair.

A aeronave era do modelo Baron, de prefixo PTLYG. O site da fabricante do avião, a Beechcraft, indica que este tipo de aeronave pode transportar no máximo seis pessoas por voo. De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o avião pertencia a uma construtora com sede no Pará chamada Meirelles Mascarenhas Ltda e não tinha autorização para realização de serviços de táxi aéreo.

A assessoria do Palmas informou que o avião tinha sido adquirido há pouco tempo pelo presidente, Lucas Meira, e que estava em fase de transferência. O time informou que o avião não estava realizando serviço de táxi aéreo.

O avião levaria os jogadores e o dirigente do Palmas para Goiânia. A equipe enfrentaria o Vila Nova, pela Copa Verde. A partida foi adiada após o acidente e não tem nova data para acontecer.

Avião sofreu outro acidente em 2014

O avião que caiu com quatro jogadores do Palmas Futebol e Regatas, o presidente do clube e o piloto já tinha se envolvido em outro acidente aéreo. Em 17 de agosto de 2014 a aeronave sofreu ‘danos substanciais’ depois que o piloto se esqueceu de acionar o trem de pouso no momento da aterrissagem durante um treino.

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Não há qualquer indicação de que o acidente anterior tenha contribuído de qualquer forma para a queda da aeronave neste domingo (24).

A informação consta em um relatório da Aeronáutica sobre o acidente de 2014. O documento é público e pode ser consultado por qualquer cidadão. Os investigadores daquele caso relataram que o “A aeronave decolou do Aeródromo Piquet (SSGP) para o Aeródromo Botelho (SIQE), ambos na cidade de Brasília, DF, com um piloto a bordo, a fim de realizar treinamento de tráfego visual”.

Quando estava prestes a aterrissar, o piloto teria ignorado alarmes que soavam indicando que o trem de pouso não estava abaixado e então atingiu o solo com a fuselagem da aeronave. O nome do tripulante não aparece no relatório da Aeronáutica.

O piloto saiu ileso do acidente, ele era a única pessoa a bordo.

Liberação dos corpos

O presidente do clube, Lucas Meira, foi o primeiro a ser identificado e liberado pelo Instituto Médico Legal. O sepultamento foi realizado na manhã desta segunda-feira (25) no cemitério Jardim das Acácias, em Palmas.

Os corpos dos jogadores Lucas Praxedes, de 23 anos, Marcus Vinícius Molinari Reis, 23 anos, e Ranule Gomes dos Reis, 27 anos, e o piloto Wagner Machado, de 59 anos, deixaram o IML nesta segunda-feira (25) após a chegada de parentes com a documentação.

Apenas o corpo do jogador Guilherme Afonso Noé, 28 anos, ainda depende da chegada de parentes para saída do IML.

*Com informações do G1