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O corpo de mulher encontrado no rio Providência, em Miracema do Tocantins, foi confirmado como sendo da jovem Sara Silva, de 19 anos. Ela era ex-radialista e foi morta com pelo menos três disparos de arma de fogo. A identificação foi feita pelo Instituto Médico Legal de Palmas (IML) mediante análise da arcada dentária e das características da vítima.
Segundo a família da vítima, Sara tinha saído de casa há 15 dias e não havia retornado. O corpo foi encontrado no último domingo (24), vestindo apenas camisa e calcinha, após boiar na água do rio. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o inquérito que apura as circunstâncias do crime, bem como detalhes de avaliação pericial e lesões corporais estão em andamento, mas em sigilo.
A mãe da vítima, a auxiliar de serviços gerais Maria Ederes de Jesus Silva, compareceu ao IML de Palmas na manhã de segunda-feira (2). Na ocasião, ela disse que as tatuagens no corpo eram semelhantes as que a filha tinha nos braços.
Inicialmente foi informado de que o corpo deveria ser submetido a análise de DNA, mas o exame acabou não sendo necessário. A identificação ocorreu com base nos dados morfológicos encontrados durante exames necroscópicos e na análise do prontuário odontológico.
“Um laudo minucioso que dispensou exames complementares, evidenciando a qualidade que o IML vem aprimorando nos laudos odontológicos”, explicou o diretor técnico Itamar Gonçalves.
Desaparecimento
Segundo a mãe, um dia antes do desaparecimento, a filha teria saído de casa com dois amigos. “Foi na hora do almoço, no domingo. Ela estava terminando de almoçar, mais ou menos 12h30. Eles chegaram chamando ela. Ela se arrumou e pulou na moto. Ela foi no meio da moto, tinha um cara que estava dirigindo e uma jovem de mais ou menos 15 anos atrás. Saíram sem capacete e sumiram”, relata.
Ainda de acordo com Maria Ederes, a filha retornou por volta das 19h. “ela voltou, tomou banho, trocou de roupa e saiu de novo. Na segunda-feira, ela chegou estressada e disse: ‘Meu celular desmantelou e eu joguei fora. Tinha minha vida nesse celular, como vou para Palmas agora?”, lembra.
A mãe disse também que a filha tinha planejado se mudar para Palmas com o objetivo de arrumar um emprego. Sara trabalhava em uma rádio e era muito conhecida na cidade. Mas a mãe confessa que a filha havia mudado o comportamento nos últimos meses. A suspeita era de que ela estava envolvida com drogas.
A mulher relata que ficou sabendo da possível morte da filha na última sexta-feira (29) e que ficou em estado de choque. “O diretor da rádio foi lá no meu trabalho e falou: ‘Dona Maria isso aqui procede? Que mataram a Sara?’. Eu não senti nem as minhas pernas, na hora eu quis desabar e lembrei dos dias que ela estava fora”, conta.