Ilha do Bananal | Justiça restringe acesso a área onde indígenas que vivem isolados foram avistados

Prazo de um ano foi determinado para que seja feito um levantamento da situação do grupo. Tamanho da zona restrita será determinada pela Funai e o ICMbio.

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A 2ª vara federal de Palmas determinou a criação de uma área de acesso restrito dentro da Ilha do Bananal, onde indígenas que vivem isolados foram avistados no dia 9 de outubro. Eles foram vistos a partir de um helicóptero durante trabalhos para combater as queimadas na região. A área é conhecida como a ‘mata do mamão’.

A decisão é do juiz federal Ademar Aires Pimenta. O tamanho da área restrita e as formas de controle de acesso deverão ser decididos pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).

O juiz determinou um prazo de 60 dias para que um plano seja apresentado. Também ficou decidido que dentro de um ano a Funai e o ICMbio devem apresentar um relatório que mostre qual a atual situação do grupo e quais as principais ameaças a eles.

A preocupação é a preservação da integridade física e cultural dos indígenas.

A decisão atende ao pedido feito pelo Ministério Público Federal. Antropólogos ouvidos pelo órgão  afirmam que os indígenas avistados provavelmente são do povo Avá-Canoeiro, também conhecido como “Cara Preta”.

Desde 1968 há relatos sobre a existência destes indígenas, mas eles.teriam sido apenas agora. A ilha, a maior do tipo fluvial do planeta, também é o lar de outras etnias, como os Karajá, Javaé e os Tapirapé.

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