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João Nonato Assunção, conhecido como João Terror, morreu na manhã deste sábado (13), em Araguaína, Ele tinha 70 anos e ficou dias na fila por um leito de terapia intensiva para tratar a Covid-19, mas evoluiu para óbito horas após conseguir a transferência que precisava.
O paciente estava internado no Hospital Regional de Porto Nacional e o caso ganhou repercussão após as filhas Kedma e Kaline da Paz gravarem um vídeo para fazer um apelo para um vaga em UTI para o pai. Elas se reservavam em vigília para acompanhar o progenitor pela janela do hospital.
Elas já tinham perdido um irmão para a doença e agora a família está em luto mais uma vez. Seu João morreu por volta de 5h30.
A família disse que um leito foi disponibilizado no Hospital Dom Orione, em Araguaína. O paciente foi transferido em uma UTI aérea ainda nesta sexta-feira (13), mas à noite disseram que ele teve um comprometimento renal e precisava fazer hemodiálise. Seu João não resistiu.
A Secretaria de Estado da Saúde, não comentou sobre a demora da transferência, informou apenas que lamenta as mortes dos pacientes e que “equipes multiprofissionais que não medem esforços para preservar as vidas dos usuários do SUS”.
Segundo as irmãs, há seis meses perderam um irmão para a Covid-19 de forma semelhante. Ele também precisou ser transferido para uma UTI e morreu 15 minutos antes da chegada da ambulância que faria a transferência. A mãe delas também contraiu o coronavírus e precisou ser hospitalizada.
Os casos de Covid-19 estão em alta no Tocantins. Nesta sexta-feira (12) o Tocantins registrou mais de 1,1 mil novos diagnósticos do novo coronavírus e mais 16 mortes.
Nota da Secretaria de Estado da Saúde na íntegra
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) lamenta todos os óbitos ocorridos em suas unidades hospitalares, mas esclarece que o Paciente foi regulado e encaminhado – via UTI aérea – para um leito contratualizado em Araguaína no Hospital Dom Orione.
A SES enfatiza que em seus 18 hospitais, há equipes multiprofissionais que não medem esforços para preservar as vidas dos usuários do SUS, e que a Central atua 24 horas por dia, em busca de maior celeridade no processo de transferência de pacientes, os quais são regulados, de acordo com os critérios de avaliação médica, que os prioriza pela gravidade do quadro clínico apresentado, respeitando a estabilização e condições de deslocamento do paciente.