Idoso morre enquanto era transportado por ambulância que só tinha o motorista

José Ferreira de Almeida, de 81 anos, passou mal no distrito de Bielândia em Filadélfia, no norte do Tocantins. Polícia vai apurar se a falta de profissionais contribuiu para a morte dele.

 

A morte de um idoso de 81 anos, no norte do estado, é investigada pela Polícia Civil do Tocantins. Ele passou mal no distrito de Bielândia, município de Filadélfia, neste sábado (28) e os parentes chamaram o socorro, mas a ambulância da prefeitura da cidade que foi enviada para fazer o atendimento só estava com o motorista, sem nenhum profissional da saúde.

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O paciente identificado como José Ferreira de Almeida morreu antes de chegar à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araguaína. Quando a ambulância chegou à unidade, uma médica que constatou o óbito do idoso chamou a Polícia Militar.

A PM informou que foi ao local, mas motorista tinha saído, sendo localizado perto do Hospital Regional de Araguaína. Ele contou aos policiais que recebeu a determinação do secretário de saúde da cidade de Filadélfia para ir até o distrito de Bielândia, onde pegou o idoso doente, mas ainda com vida.

Informou ainda que, durante o percurso até Araguaína, o paciente morreu. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal e foi liberado para ser velado no distrito ainda no sábado.

Segundo o delegado Guilherme Torres, que atendeu o caso, o laudo da perícia ajudará a esclarecer se houve crime. “Solicitei o laudo à perícia para verificar se a falta de profissionais de saúde na ambulância contribuiu para a morte do idoso”.

O que diz a prefeitura

A secretária de saúde de Filadélfia, Yarle de Paula, informou que o paciente estava em um local de difícil acesso e o motorista da ambulância, que é alugada pela prefeitura, resolveu levar o idoso direto ao atendimento de urgência em Araguaína para não perder tempo passando pela equipe de saúde do distrito de Bielândia.

Disse ainda que o posto de saúde do município é de pequeno porte e tem apenas enfermeiros e técnicos de plantão. Segundo ela, a unidade não tem obrigação de ter um médico plantonista porque a prefeitura possui um convênio com o município de Araguaína para o atendimento médico de emergência.

Informou também que sempre é feito um primeiro atendimento do paciente no próprio município antes de enviar para Araguaína e que os pacientes sempre vão acompanhados, mas isso não ocorreu porque o motorista resolveu ir direto para o atendimento de emergência após pegar o paciente em uma área distante do distrito.

Por fim, a secretária disse que vai responder aos questionamentos quando for acionada pela Justiça.