Idoso morre após ser internado no hospital público de Dianópolis

Servidores reclamam da falta de médicos na unidade, mesmo após governo do estado ter afirmado que situação foi regularizada.

Compartilhe:

>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.

Um idoso, de 79 anos, morreu após dar entrada em estado debilitado, np Hospital Regional de Dianópolis, no sudeste do Tocantins. Segundo servidores da unidade, a vítima foi a óbito horas depois da médica plantonista não comparecer. Os profissionais denunciam que a unidade continua sem médicos e que, por causa disso, pacientes estão desassistidos.

O paciente é Dário Araújo, de 79 anos. Servidores disseram ter acionado o diretor técnico da unidade, que foi até o local, mas o paciente não resistiu.

O hospital chegou ficar cerca de cinco dias sem médicos. A única médica que presta esse serviço no hospital foi afastada na última semana após testar positivo para o novo coronavírus. Durante quase uma semana, pacientes precisaram percorrer pelo menos 300 quilômetros para conseguir os atendimentos.

Na terça-feira (1º), a unidade disse que havia regularizado o problema, mas servidores afirmam que a situação continua.

A Secretaria Estadual de Saúde confirmou a morte do paciente e admitiu que a médica escalada não compareceu por motivos externos, mas a nota não explica quais. A secretaria nega desassistência e que o médico do plantão da noite continuou no atendimento.

A secretaria disse ainda que vai contratar mais dois médicos ainda esta semana. A contratação de profissionais é compartilhada entre a Secretaria Estadual da Saúde e uma empresa com endereço no Rio de Janeiro. O vínculo do instituto com o governo já foi questionado pelo Ministério Público Estadual e há investigações em andamento no Ministério Público Federal.

No dia 13 de agosto, o governo publicou no Diário Oficial a quinta prorrogação do contrato com esse instituto. O valor é superior a R$ 2,4 milhões. Em nota, a empresa disse que está com dificuldades no Hospital Regional de Dianópolis por causa da pandemia.

De acordo com a nota, médicos que atuam na unidade foram contaminados e tiveram que se afastar. A empresa disse que assinou contrato com o estado em 2016, mas até os dias atuais, recebe os mesmos valores, fator que a impede de melhorar o salário dos plantonistas. O instituto afirmou ainda que desconhece as investigações do Ministério Público.

O hospital de Dianópolis é referência para para nove municípios do sudeste do Tocantins. O problema com a falta de médicos é antigo.