IBGE: Tocantins registra maior aumento do desemprego no trimestre dos últimos nove anos

Pesquisa do IBGE leva em consideração tanto os empregos formais quanto quem trabalha por conta própria ou na informalidade.

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Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 16,3% da população do Tocantins estava desempregada ao fim do 1ª trimestre deste ano. Isso significa que um total de 123 mil pessoas em todo o estado não estão inseridas no mercado de trabalho.

O IBGE afirma que entre o último trimestre de 2020 e o primeiro de 2021 a taxa de desocupação no estado subiu de 10,5% para 16,3% , o maior aumento neste indicador dos últimos nove anos.

O levantamento foi feito dentro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua). O IBGE afirma nos últimos seis meses 47 mil pessoas passaram a fazer parte do contingente de desocupados no estado.

O dado foi divulgado ao mesmo tempo em que o Governo do Tocantins divulgou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que apontam o 11º mês consecutivo de criação de vagas no Tocantins.

A diferença entre os resultados das duas pesquisas pode ser explicada porque os dados do Caged levam em consideração apenas os empregos formais, com carteira assinada. Já a PNAD analisa também a situação de quem trabalha por conta própria ou na informalidade.

Atualmente, a taxa de informalidade no estado é de 44,6% da população, quase metade de todos os trabalhadores.

A pesquisa do IBGE também demonstra que o rendimento médio dos tocantinenses está em R$ 2.249. O número é praticamente metade do registrado no Distrito Federal (R$ 4.345) que tem a maior taxa. O menor rendimento médio do Brasil é o dos trabalhadores do Maranhão (R$ 1.484). No ranking nacional o Tocantins se encontra no 13º lugar.

O IBGE avaliou que os resultados das regiões norte e nordeste puxaram a taxa de desemprego no Brasil para o patamar recorde que ocupa atualmente.

No Norte, a taxa passou de 12,4%, no último trimestre de 2020, para 14,8%, no 1º trimestre de 2021. No Nordeste, de 17,2% para 18,6%. “Em ambas as regiões, é a maior taxa já registrada desde 2012. Nas demais, o cenário é de estabilidade em relação ao quarto trimestre do ano passado”, informou o IBGE.

*Por G1