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O homem apontado como principal articulador de logística da tentativa de roubo a uma transportadora de valores em Confresa (MT) foi preso em Araguaína, no norte do Tocantins. O suspeito de 30 anos foi identificado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Delegacias da Regional de Confresa, da Polícia Civil do Mato Grosso.
A prisão aconteceu no fim de semana com apoio da 3ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Deic) de Araguaína. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (3).
Segundo a PC mato-grossense, o suspeito identificado pelas iniciais N.J.A. tinha fugido para o Tocantins depois que outros dois suspeitos de dar suporte à quadrilha foram presos em Redenção (PA), em cumprimento a mandados judiciais, na semana passada.
No Pará, a polícia encontrou duas casas que serviram de base para os criminosos, antes da tentativa frustrada de roubar a transportadora de valores. O grupo pretendia levar cerca de R$ 60 milhões.
Imagens divulgadas pela polícia mostram o momento em que o bando saiu das casas e seguiu em direção a Confresa (MT), pela BR-158, em cinco automóveis de luxo blindados e outros veículos.
Uma das casas foi alugada por N.J.A, que usava nomes falsos e é investigado por outros crimes no Tocantins. Segundo a polícia, além do apoio ao bando em Redenção, ele participou de todo o planejamento do ataque a Confresa (MT).
“Essa prisão no Tocantins é resultado da continuidade do trabalho de investigação feito em Redenção, quando identificamos o N.J.A. descobrimos também que ele tinha fugido para Araguaína. Ele é o mais importante apoio logístico do grupo em Redenção”, explicou o delegado titular da GCCO, Gustavo Belão.
Além destas três prisões feitas pela Polícia Civil do Mato Grosso, mais dois suspeitos de participação no crime foram presos no Tocantins durante a Operação Canguçu. Além das prisões, 15 integrantes do bando morreram em confrontos com a polícia no interior do Tocantins.
Operação
Depois da tentativa de roubo frustrada a maior parte do bando fugiu para a zona rural do Tocantins e começou a ser perseguida por uma força-tarefa com cerca de 350 policiais de cinco estados. Essa operação foi chamada de Canguçu e já dura 23 dias.
Fortemente armados, inclusive com fuzis furtados da Polícia Militar de São Paulo, os criminosos têm feito pessoas reféns em fazendas e até na área urbana de Marianópolis. Uma família ficou sob poder dos criminosos por oito horas. Áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores.
As buscas continuam sem um prazo para acabar. No início desta semana a PM reforçou a orientação para que a população da região evite os deslocamentos, sobretudo na rodovia TO-080 e em suas proximidades, devido à presença na região dos criminosos que permanecem fortemente armados.