Grupo suspeito de comprar produtos com cheques sem fundos é alvo de operação em Porto Nacional

Os produtos eram repassados para uma rede de interceptadores. Uma empresa identificada teria adquirido grande quantidade de bebidas para revender no carnaval.

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A Polícia Civil do Tocantins deflagrou na manhã dessa quinta-feira (8), a operação ‘Alínea 11 que tem como alvo um grupo criminoso suspeito de comprar produtos com cheques sem fundos que eram revendidos no comércio em Porto Nacional. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e quatro de busca e apreensão.

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O policiais também apreenderam notebooks, aparelhos celulares e documento relacionado o crime que serão encaminhados para análise da perícia.

De acordo com o Delegado Ricardo Real, as investigações tiveram início em maio deste ano, com a representação de duas empresas lesadas que narraram fatos que em tese configurariam crimes de estelionatos. “Estes fatos, um deles teria ocorrido em março,  mas só foram registrados no final de maio”, conta.

O delegado disse que os desfalques foram bastante significativos para as empresas lesadas “Era uma associação criminosa que estava atuando no ramo de estelionato, eles cooptavam pessoas para abertura de contas bancárias e a partir daí, de posse dos documentos das pessoas e das cartas de cheques, eles atuavam no mercado fazendo a compra de mercadorias”, explica.

Foto: Divulgação

De acordo com as investigações, as compras realizadas pelo grupo foram eram feitas em lojas de materiais de construção e s em fornecedores de bebidas.  “Com o produto do crime, eles montaram uma empresa, eles alugaram um espaço por cerca de dois meses em Porto Nacional. A empresa era de fachada, eles só usavam o estabelecimento para o recebimento das mercadorias, que tão logo eram recebidas, elas eram encaminhadas para receptadores” afirma Ricardo Leal.

A investigações apontaram ainda que uma rede de interceptadores atuavam conjuntamente o grupo criminoso que rapidamente retiravam as mercadorias e posteriormente comercializavam. Segundo o delegado, a partir dessas informações, essa rede de receptadores estão começando a ser identificadas agora.

“Até momento, das empresas suspeita de participar da rede de receptadores uma foi identificada e seria do ramo de bebidas. Essa empresa tem indícios fortes de que teria adquirido uma quantidade significativa de cerveja de uma determinada marca próximo ao carnaval e comercializou toda essa bebida em poucos dias”, afirma o delegado.

Os suspeitos foram identificados apenas pelas iniciais W. J. T. S e J.C.N (presos temporariamente), M.A. L. C e H. P.N (presos preventivamente), sendo que este último já se encontrava preso por outro delito.

A Polícia acredita que empresas de outras cidades também podem ter sido vítimas do grupo. Os presos devem ser ouvidos e, em seguida, os três homens serão encaminhados para a Casa de Prisão Provisória (CPP) de Porto Nacional e a mulher para o presídio feminino em Palmas.

O nome da operação faz referência ao procedimento de devolução do cheque sem fundos, momento em que as instituições bancárias carimbam a alínea 11 no documento.

*Em função do novo Manual de Procedimentos, conhecido no meio como o “decreto da mordaça”, a Polícia Civil não pode divulgar  nomes ou imagens de suspeitos de crimes no Tocantins.

Foto: Divulgação

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