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Os profissionais em educação da rede municipal de Palmas decidiram na noite desta terça-feira (26) pela suspensão da greve, que completava 22 dias. A assembleia que reuniu toda categoria e deliberou sobre o assunto aconteceu em frente à Câmara Municipal de Palmas.
Segundo informações da regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (Sintet), a maioria dos trabalhadores votou pela suspensão da greve. Com a decisão, a greve de fome também chegou ao fim após 7 dias de protesto.
Com a suspensão, os educadores deixaram as dependências da Câmara Municipal depois de 14 dias de ocupação. Na assembleia também foi deliberada a volta dos trabalhadores escolas, portanto, na quinta-feira (28), toda categoria retorna às salas de aula.
Para o Presidente Regional do Sintet, Fernando Pereira, a suspensão da greve não significa o fim do movimento. “Se o prefeito Carlos Amastha não dialogar, poderemos retornar a qualquer momento. Aqui decidimos uma suspensão, e não um encerramento”, concluiu.
Greve
Iniciada no último dia 5 de setembro, a greve dos profissionais em educação de Palmas reivindicava por vários cumprimentos, como: data-base, retroativos, progressões, titularidades e Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) em dia. De forma coordenada, e com protestos pacíficos o movimento aos poucos, foi ganhando o apoio popular e de pais e alunos da rede de ensino.
Com a ausência do gestor municipal, na segunda-feira (25), uma reunião debateu os impactos da paralisação, devido a greve dos trabalhadores em educação que já dura 20 dias, na qualidade do ensino ofertado aos alunos da rede municipal de Palmas. O encontro foi promovido pelo Ministério Público Estadual (MPE) e contou com a participação de representantes da comunidade escolar, gestores públicos e entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente para debater os impactos da paralisação na qualidade da educação ofertada aos alunos.
Muitos pais de alunos e estudantes que estavam presentes á reunião reconheceram a legitimidade da greve e manifestaram apoio aos professores. Alguns mães afirmaram se sentir coagidas, pois teriam recebido ligações da direção das escolas informando que as aulas estão sendo ministradas por substitutos e que os alunos que não comparecerem serão prejudicados com faltas.
Antes da deliberação da suspensão da greve, uma recomendação conjunta foi expedida pela Defensoria Pública Estadual (DPE) e Ministério Público Estadual (MPE) ao prefeito de Palmas Carlos Amastha e ao secretário municipal de Educação Danilo Melo, recomendando aos gestores que instituam o diálogo com os profissionais em greve e com a comunidade escolar, visando alcançar uma possível conciliação acerca da greve. A medica acontece em paralelo a atitude da gestão municipal de tentar “ignorar” a greve dos educadores, e de forma intransigente se recusar a negociar com a categoria.
Reposição de aulas
Sobre a reposição das aulas, a representante do Ministério Público, a promotora Zenaide Aparecida, havia se manifestado que iria ajuizar uma Ação Civil Pública para que a reposição ocorra. “O objetivo do Ministério Público é garantir que os alunos não sejam prejudicados e que as aulas sejam repostas pelos professores do quadro da educação e não por profissionais contratados temporariamente. Infelizmente, o município não quis dialogar, então não restou outra alternativa senão ajuizar uma Ação Civil Pública”, Explicou.
Foto: Divulgação