Governo diz o óbvio | Ponte de Porto nacional construída sobre o rio pode ter tido parte danos causados pela formação do lago da usina

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O secretário de Infraestrutura, Renato Assunção não disse mais do que óbvio ao afirmar que os danos na ponte sobre o rio Tocantins, em Porto Nacional, podem ser reflexos da construção da Usina Hidrelétrica, em Lajeado.

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Conforme o secretário, após a inundação causada pela barragem da usina em 2001, os pilares ficaram submersos e que a estrutura não foi projetada para isso.

Essa informação passada pelo governo, até os mais desavisados cidadãos de Porto Nacional pode se intrometer a gritar um: “vai dizer que só agora se deram conta disso”.

O laudo completo sobre a situação da estrutura ainda não está pronto, e para jogar água fria no sonho dos portuenses, de desde a formação do lago, com a nova ponte, o secretário disse que a equipe tenta avaliar se ainda será possível recuperar a ponte que já existe ou se ela terá que ser substituída.

A ponte foi construída há mais de 40 anos, no fim dos anos 70. A estrutura foi interditada na última quinta-feira (7). Estudos já estavam sendo feitos sobre o risco de desabamento e uma interdição parcial havia sido definida, quando de repente o governo decidiu pela interdição total da ponte.

A medica causou polêmica e prejuízos a cidade, principalmente para os moradores da outra margem do rio, que se sentiram isolados. Após os protestos, o governo anunciou algumas medidas nesta segunda-feira com intenção de amenizar a crise.

Uma delas é a utilização do barco da Defesa Civil para fazer a travessia até que a balsa que vai fazer o trajeto esteja pronta para operar.

Usina do lajeado
Usina Hidrelétrica em Lajeado

Sobre a questão dos danos causados na ponte pela formação lago, o secretário informou que o governo não descarta entrar com ação na Justiça contra a Investco, empresa que administra a usina, pedindo indenização.

Para o Palácio Araguaia, o consórcio é co-responsável pelos danos. Quando a ponte foi construída as inundações eram sazonais, apenas no período de chuvas. Com o alagamento definitivo da região a vida útil da ponte teria ficado menos e os pilares centrais teriam sofrido distorções.

Já a Investco informou que desconhece os fatos em que se baseia a informação do secretário e que aguarda maiores detalhes para se pronunciar.

Interdição

Ao interditar a ponte, o governo alegou ser devido as avaliações sobre o risco de desabamento da estrutura. A decisão, segundo o governo foi tomada por precaução até que os serviços topográficos sejam finalizados.

Porém, a avaliação da ponte só começou após o ministério público cobrar novamente que o estado cumprisse determinação da justiça de fazer uma nova avaliação da ponte. A última, feita em 2011, aponta para o risco de colapso da estrutura em 10 anos.


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