Funcionário da antiga Saneatins é um dos presos na operação sobre caixa 2 no Pará

Além de Álvaro Cesar Silva da Rin, também foi preso o ex-senador Luiz Otávio Campos. Operação da PF investiga suposto caixa 2 nas eleições de 2014 para o governo do Pará.

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O funcionário da antiga Saneatins, hoje BRK Ambiental, Álvaro César da Silva Rin, foi um dos presos na operação Fora da Caixa da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta-feira (9), que investiga suposto caixa 2 nas eleições de 2014 para o governo do Pará. Outro preso na operação foi o ex-senador ex-senador Luiz Otávio Campos.

Álvaro Cesar é suspeito de ter participado como intermediador de doação ilegal no valor de R$ 1,5 milhão, por meio de caixa 2, para o então candidato ao governo do Pará Helder Barbalho. No total, a PF expediu dois pedidos de prisões temporárias, seis mandados de busca e apreensão, sendo dois deles no Distrito Federal e os outros divididos entre Pará e Tocantins.

De acordo com a corporação, a investigação começou a partir de delação premiada de executivos da empreiteira Odebrecht no âmbito da Lava Jato, que revelou que “um candidato ao governo do Pará recebeu três pagamentos de 500 mil reais cada, intermediados por um ex-senador ligado ao então governo paraense”.

Ex senador
Ex-senador Luiz Otávio Campos – Foto: Reprodução

“Durante o trabalho investigativo, foram encontrados indícios de que pelo menos um dos pagamentos foi realizado em endereço ligado a parentes do ex-senador da República citado pelos executivos”, afirmou a PF, em nota, sem nomear os suspeitos, conforme os regulamentos da corporação sobre a identificação de seus alvos.

O caso investigado inicialmente tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi encaminhado à Justiça Eleitoral em Belém após decisão que confirmou entendimento sobre a competência da Justiça Eleitoral para processar e julgar crimes comuns em conexão com crimes eleitorais.

O nome da operação, Fora do Caixa, faz referência ao recebimento de recursos eleitorais não contabilizados. Os crimes sob investigação são de falsidade ideológica eleitoral (caixa 2), formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.