O Start para o início das operações no trecho da Ferrovia Norte-Sul, entre Porto Nacional (TO) e Anápolis foi anunciado pelos executivos da Tocantins pela operadora ferroviária Rumo Logística e pela subsidiária Brado. A previsão é que o início total das operações acontecem daqui dois anos.
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Os executivos também informaram que a operadora já está pronta para fazer o transporte de cargas industrializadas entre Anápolis e Porto Nacional, num trecho de 800 km.
O anúncio foi dado três meses após a Rumo vencer o leilão do trecho de 1,5 mil quilômetros da Ferrovia Norte-Sul, entre Porto Nacional a Estrela d’Oeste, em São Paulo, com investimentos de R$ 2,7 bilhões.
Carga
A companhia pretende trabalhar com o transporte de produtos industrializados em contêineres para atender as indústrias, como as de grãos e fertilizantes destinados à exportação e a rede atacadista e de bens de consumo, trazendo produtos de São Paulo para atender os mercados consumidores da Região.
Segundo o diretor de operações da Brado Logística, Marcelo Saraiva, empresa responsável pela logística dos contêineres, o Tocantins é importante e estratégico para a companhia, ajudando a desbravar e encontrar novos parceiros deste novo negócio que está sendo implantado.
Polêmica
Declarações do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, sobre o transporte de passageiros causou mal estar com os prefeitos de Porto Nacional e Estrela D’Oeste. Em fevereiro último, o ministro disse que a ferrovia não devia transportar passageiros, mas somente carga, porque não se trata de um trajeto europeu, como o de Londres a Paris.
As duas cidades estão no eixo da Norte-Sul, ferrovia que, atualmente, compõe uma malha nova de mais de 2.400 quilômetros de extensão na região central do País, ligando São Paulo, a partir de Estrela D’Oeste, até o porto de Itaqui, no litoral do Maranhão.
Ao jornal “O Estado de S. Paulo”, o ministro Tarcísio de Freitas afirmou que a ideia de ter transporte de passageiros na ferrovia, proposta que foi pedida pelo procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, é uma postura “meio quixotesca” e sem cabimento.
“O Júlio Marcelo queria trem de passageiro lá, mas não tem demanda para isso. Ele imagina uma pessoa viajando, trabalhando em seu notebook e seu Wi-Fi, mas não estamos fazendo o trajeto de Londres a Paris. Na verdade, a gente está indo de Uruaçu (GO) a Porto Nacional (TO). Você já marcou uma festa com a sua família em Porto Nacional? Não? Eu também não. O que vai passar lá é carga, grão, líquido, fertilizante. É isso que temos de resolver, essa é a vocação da ferrovia”, disse o ministro.