Fazendeiros do Tocantins são multados em mais de R$ 2,5 milhões por desmatamento ilegal

Autuações foram aplicadas durante operação realizada em parceria do Ibama com o Ministério Público. Fiscalizações aconteceram na região sudeste do estado.

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Fazendeiros foram penalizados com multas que ultrapassam R$ 2,5 milhões devido a desmatamentos ilegais na região sudeste do estado. Segundo o Ministério Público, as áreas afetadas incluem tanto locais de preservação permanente quanto de reserva legal.

As fiscalizações aconteceram durante operação conduzida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), em colaboração com o Centro de Apoio Operacional de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (Caoma), do Ministério Público do Tocantins.

O Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema), também do MP, instaurou 11 procedimentos investigativos para apurar as irregularidades.

As propriedades rurais sujeitas à fiscalização estão localizadas nas proximidades dos municípios de Natividade, Paranã e Arraias. Segundo o Ministério Público, os desmatamentos foram realizados sem a devida autorização dos órgãos competentes.

Inicialmente, os técnicos do Ibama e do Caoma analisaram os dados obtidos por meio de imagens de satélite de alta resolução. Em seguida, os agentes visitaram as propriedades na semana passada para verificar as irregularidades.

Foto: Divulgação/MPTO

Duas autuações foram aplicadas em uma fazenda situada no município de Natividade. Uma multa de R$ 325 mil foi imposta devido ao desmatamento de 64,5 hectares de Área de Preservação Permanente (APP), enquanto outra multa de R$ 260 mil foi aplicada por desmatamento de 51,5 hectares de Área de Reserva Legal (ARL).

Em Paranã, foram identificados desmatamentos em duas propriedades. Ao todo, foram registradas cinco autuações, totalizando multas que alcançam o valor de R$ 2 milhões.

Essas ações fazem parte da operação denominada Anacardium I, que continuará na região nos próximos dias. Além das sanções administrativas, as responsabilidades civil e criminal dos envolvidos também serão investigadas.