Fazendas são alvo de investigação por desmatarem reservas para fazer lavouras no sul do Tocantins

Uma força tarefa do MP investiga 12 propriedades rurais em Lagoa da Confusão. Áreas protegidas estariam sendo utilizadas para plantação de forma contínua.

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Uma força-tarefa do Ministério Público do Tocantins investiga criminalmente se Áreas de Proteção Permanente (APP) foram desmatadas e estão sendo utilizadas para produção ilegal de grãos. Ao todo são 12 propriedades rurais de Lagoa da Confusão, na região sul do estado, sendo investigadas.

Para o MP, as áreas estariam sendo utilizadas de forma sistematizada e contínua. Isso estaria impedindo a regeneração da vegetação nativa e aumentando a demanda por recursos hídricos da bacia do Rio Formoso no período tradicionalmente de seca na região.

As propriedades investigadas são classificadas como de médio ou grande porte. O MPE afirmou que pareceres técnicos do Centro de Apoio Operacional de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (Caoma) indicam que o desmatamento das áreas protegidas acontece há anos.

As 12 propriedades também fazem a captação de água em larga escala na bacia do Rio Formoso para fins de irrigação, inclusive nos períodos de estiagem. Todos os anos a região sofre com severas baixas no volume de água em razão das secas anuais, que podem ser agravadas pelas atividades agrícolas ilícitas.

Os investigados podem responder por crime ambiental e receber penas de até um ano e multa. A legislação ambiental também prevê o embargo das atividades agroindustriais ilícitas, assim como a suspensão das licenças e outorgas de captação de água.