Flavilene Maria Bueno Coelho, ex-mulher do deputado estadual Valdemar Júnior (MDB), é investigada pela Polícia Civil por que recebeu na própria conta bancária depósitos de funcionários fantasmas da Assembleia Legislativa.
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Conforme a Polícia Civil, comprovantes recebidos pela força tarefa da operação Catarse indicam que Flavilene pode ter sido a destinatária de parte dos salários dos servidores que recebiam sem trabalhar.
Ainda segundo a polícia, os documentos são de julho de 2017 e dizem respeito ao recebimento de R$ 4 mil no mesmo dia, mas em operações distintas.
No mesmo pacote, também foi entregue um contracheque com anotações a mão que seriam da ex-mulher do parlamentar. Ele é de 2015, referente ao salário do mês de novembro de uma das assessoras parlamentares do deputado. Há uma série de cálculos feitos com caneta no papel.
Paraná força tarefa, os indícios reforçam a suspeita de que Flavilene seria a operadora do suposto esquema.
De acordo com a investigação, os funcionários contratados do gabinete que não trabalhavam ficavam com uma pequena parcela dos salários, cerca de R$ 300, e repassavam o resto para coletores que enviavam o dinheiro para a ex-mulher do deputado.
A polícia indormou ainda que uma das investigadas fechou acordo de delação premiada e entregou também um extrato de dezembro 2018 que mostra que ela repassou parte do próprio 13º para uma das coletoras.
A mulher que recebeu o depósito foi interrogada pela polícia, mas decidiu ficar em silêncio.
Entenda
Três servidores do gabinete do deputado foram presos, entre eles, o chefe de gabinete, no dia 19 de dezembro. Após serem ouvidos, todos foram libertados para responder em liberdade, mas os celulares deles continuam apreendidos.
No dia 7 de janeiro deste ano, em outra operação, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em uma residência e na chácara de Valdemar.
Na ação foram apreendidos os aparelhos do deputado e da ex-mulher, além de documentos que estavam na casa dela Palmas.
Outro lado
A defesa de Flavilene informou que não pode se manifestar porque o inquérito está em sigilo, mas que qualquer movimentação bancária dela será devidamente esclarecida assim que tiver acesso aos autos.
Já a defesa do deputado Valdemar Júnior disse que as denúncias são falsas e que no gabinete dele não há funcionários fantasmas ou devolução de salários.
A Assembleia Legislativa disse que só vai se manifestar após a conclusão das investigações.