Uma nova investigação foi aberta pela Polícia Civil contra o deputado Olyntho Neto (PSDB) referente ao escândalo do lixo hospitalar. Conforme o delegados, Romeu Fernandes de Carvalho, entre as suspeitas, está a de que o parlamentar seria um dos controladores da empresa dona do galpão em Araguaína, onde parte dos resíduos foi encontrado.
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As investigações apontam que a empresa Agromaster, a proprietária do galpão, tem como acionista majoritária outra empresa; a Pronorte Empreendimentos Rurais. A Pronorte seria controlada pelo irmão do deputado, Luiz Olinto, e por uma terceira empresa, a Luon Participações. Um dos sócios da Luon é o parlamentar.
O que também chamou atenção da polícia é o fato dos endereços registrados para as empresas Luon e Agromaster são iguais. As duas funcionariam no galpão onde o lixo estava.
Outro indício que chamou a atenção dos investigadores é que durante as buscas foi encontrado um contrato de arrendamento da fazenda Caeté entre o deputado e a empresa do irmão dele, a Pronorte. Foi nesta propriedade que mais lixo foi localizado enterrado clandestinamente em novembro último.
Este é o segundo inquérito que tem o deputado como alvo. O primeiro foi aberto no começo de dezembro, quando um documento encontrado em um cartório indicou que um assessor parlamentar de Olyntho Neto tinha autorização da Sancil Sanantônio para representá-la em contratações com o poder público.
A Sancil era a empresa responsável pelo recolhimento do lixo em hospitais públicos do estado.
Na época, o governo do estado informou que o contrato com a empresa foi feito em caráter emergencial e sem licitação. Seriam pagos R$ 557 mil por mês, mais de R$ 6 milhões por ano, pelo serviço.
O lixo era coletado em pelo menos três cidades. No dia 13 de novembro, o Governo anunciou a suspensão do contrato com a empresa.
O pai do deputado, o ex-juiz João Olinto e o irmão chegaram a ser presos pela polícia, mas tiveram as prisões revogadas pelas Justiça e vão responder em liberdade.