A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira (15), em Araguaína, a 2ª fase da operação “Walking Dead”que investiga suposto envolvimento de uma contadora, um empresário e um auditor fiscal supostamente com a abertura de empresa em nome de pessoa já falecida.
>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.
Na operação foram compridos os mandados de prisão contra a contadora e o empresário. O auditor não foi localizado e é considerado foragido. Também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas residências, escritórios e comércios dos investigados.
Conforme a Polícia Civil, as investigações tiveram início em 2016, quando a receita estadual que duas empresas não existiam de fato. Um dos estabelecimentos estaria registrado em nome de pessoa já falecida desde 2010, mas que tivera seus documentos utilizados para abertura ou sucessão de sócios de várias empresas fantasmas.
Segundo apurado, esta empresa estaria estabelecida na Avenida Cônego João Lima, um dos pontos comerciais mais valorizados de Araguaína. Entretanto, entre o final de 2013 e início de 2014, seu proprietário teria constituído uma nova contadora e mudado o contrato social da companhia, fazendo constar como sócia proprietária uma senhora falecida em 2010.
Ainda segundo as investigações, o empresário e a contadora teriam contado com a ajuda de um auditor fiscal, que, na época, ocupava cargo de chefia e teria chancelado a troca de sócios da empresa. A policia apurou que o então chefe do setor de fiscalização, teria autorizado a baixa da empresa sem o indispensável Termo de Verificação Fiscal.
Posteriormente, quando realizada a verificação fiscal na empresa, foi constatada uma dívida tributária de mais de R$ 1,5 milhão, em prejuízos a fazenda pública estadual, o que levou ao deferimento judicial de arresto e sequestro dos bens dos investigados no valor do crédito tributário devido.
Durante as buscas, que contou com a colaboração de peritos, os agentes apreenderam uma arma de fogo com o empresário, que não possuía registro nem autorização para portá-la, sendo, por isso, ainda autuado em flagrante pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.
Ainda no decorrer da ação policial, foram apreendidos R$ 165 mil, em espécie, bem como documentos que ligam a empresa investigada aos alvos.
O empresário e a contadora foram conduzidos até a Central de Atendimento da Polícia Civil, em Araguaína, e, após as providências legais cabíveis, o homem foi recolhido à Casa de Prisão Provisória (CPP) de Araguaína e a mulher encaminhada à Cadeia Pública de Babaçulândia.
Primeira fase
A primeira fase da operação, realizada no dia 14 de fevereiro, resultou a prisão de dois contadores de Araguaína. Eles são investigados sãos investigados pelos crimes contra a ordem tributária, organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação de documento público, associação criminosa, falsidade ideológica, organização criminosa, falsificação de documento particular.
Após o decreto da ‘mordaça’ do governo do estado, a Polícia Civil ficou proibida de divulgar nomes de pessoas investigadas.
Walking Dead
Conforme a Polícia Civil, o nome da operação se dá devido o alvo serem pessoas suspeitas de abrir empresas em nome de pessoas que não existem ou que já faleceram, “mortos vivos”.