Em SP | Justiça condena mãe que matou filho por ser gay a 25 anos de prisão

Outros dois envolvidos no crime, Victor Roberto da Silva e Miller da Silva Barissa, foram condenados, cada um, a 21 anos e 8 meses de reclusão

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O Tribunal do Júri condenou gerente Tatiana Ferreira Lozano Pereira a 25 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. Ela a é acusada de matar o próprio filho, Itaberli Lozano, de 17 anos, em Cravinhos, no interior de São Paulo. Dias antes do crime, o filho havia denunciado as agressões que sofreu da mãe, que não aceitava o fato de ele ser gay.

A decisão foi proferida nesta quarta-feira (27). Outras dois envolvidos no crime, Victor Roberto da Silva e Miller da Silva Barissa, foram condenados, cada um, a 21 anos e 8 meses de reclusão. As defesas vão entrar com recursos.

Entanda

O crime aconteceu em 2016. Na época, Itaberli havia passado a morar com a avó depois de ser agredido pela mãe, mas ela o atraiu à sua casa com o pretexto de fazer as pazes. No imóvel, com a ajuda dos outros dois condenados e de um adolescente de 16 anos, ela submeteu o filho a uma sessão de espancamento e depois o golpeou com facadas no pescoço.

Após constatar a morte, Tatiana pediu ajuda ao marido, padrasto de Itaberli, para se livrar do corpo. O cadáver do filho foi levado a um canavial e incendiado.

Tatiana só notificou a polícia sobre o desaparecimento de Itaberli oito dias depois do crime. Foi necessária perícia para a identificação do corpo, parcialmente carbonizado.

Durante o processo, o Ministério Público sustentou que o crime tinha sido motivado por homofobia, pois a mãe não aceitava o filho ser homossexual.

Em depoimento, ela chegou a dizer que “não aguentava mais ele”, reclamando que o filho levava homens para casa e usava drogas. Tatiana, no entanto, sempre negou a homofobia.

Padastro

O julgamento do padrasto, Alex Canteli Pereira, foi adiado porque seu advogado, que também defendia a mulher, deixou o caso alegando conflito de interesses. Pereira responde pelo crime de ocultação de cadáver.

Durante o processo, o padrasto contou que a mulher havia relatado a ele como havia dado as facadas que mataram o filho.  Julgamento ainda não tem data para ser retornado.

Tatiana foi condenada por homicídio  triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ela foi levada para a penitenciária de Tremembé.

*Com informações da Folha de São Paulo