Em Porto Nacional | Escola envolve comunidade em trabalho de memórias literárias

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A Escola Brasil, localizada na vila que leva o mesmo nome da escola, em Porto Nacional, realizou na última quinta-feira (5) uma atividade com o gênero textual Memórias Literárias na disciplina de Redação. Para tornar a aula mais dinâmica, a professora pediu para que os estudantes encontrassem objetos antigos que funcionassem como motivação ao trabalho. Entre os objetos apresentados destacam o ferro a brasa, panelas de ferro, lampião, lamparina, fitas cassete, câmeras digitais antigas, moedor de café, pratos esmaltados, fotos antigas.

Quem participou da aula foi a Dona Maria Rosário Lopes, 72 anos e avó de uma aluna. Ela falou de suas experiências quando era mais jovem. “As coisas mudaram muito com o passar do tempo. Não havia o transporte, a energia e a comunicação do tipo que existe hoje”, disse.

Outras ações contadas por Rosário foi que quando ia à escola, tirava os chinelos para que não fossem gastos e só os calçava quando chegava à escola; que chegou a ser punida por não saber a tabuada; que os relacionamentos eram mais “comportados”. Que os caixões para enterrar os corpos eram feitos de talos de buriti e que as roupas utilizadas para o sepultamento eram as mesmas usadas nos casamentos, caso fossem casados.

Após os relatos, os estudantes ficaram com a responsabilidade de escreverem um texto sobre memórias literárias, com embasamento nas discussões realizadas.

Outros assuntos também foram relatados por Dona Maria como relacionamentos com os pais e com os professores. Ela ainda contou histórias e falou das brincadeiras que vivenciou.

Segundo Elizângela Gomes da Silva, professora de redação, a aula foi bem produtiva. “Esse trabalho envolvendo o gênero textual memória literária vai contribuir para a participação dos alunos nas Olimpíadas de Língua Portuguesa, com preparação antecipada”, comentou.

Dona Maria Rosário disse que gostou muito de interagir com os alunos. “Foi muito bom compartilhar minhas experiências de vida com estes alunos. Hoje as coisas estão diferente”, ponderou.

Conforme Stheffenny Joicielly Bispo Siqueira, estudante do 7º ano e neta de Dona Maria Rosário, foi bom trazer sua avó para a aula. “A aula de redação sobre memórias literárias foi muito interessante com a participação de minha avó”, comentou.

Quem gostou também da aula foi Samara Dias Ferreira, aluna do 8º ano. Ela conta que seus conhecimentos foram ampliados. “Fiquei impressionada em saber que antigamente o namoro só acontecia com a permissão dos pais, e os jovens só podiam namorar na presença dos pais. Também me impressionei como acontecia a punição dos alunos nas aulas de matemática”, comentou.

Umas das coisas que faz lembrar muito o tempo na memória de Dona Maria Rosário, segundo ela, é a família reunida com pai, mãe, irmãos. Tudo acontecia com muito respeito entre todos. (Ascom/Seduc)

Foto: Divulgação

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