Em Palmas, pais e alunos do Colégio Militar relatam falta de professores e problemas de estrutura

Alunos do 1º ano do ensino médio estão sem aulas de português, redação e física desde o início do ano letivo. Aulas de educação física tiveram que ser adaptadas para dentro das salas.

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Estudantes e pais estão incomodados com a situação do Colégio Militar de Palmas. A escola, que é considerada referência no estado, sofre com a falta de professores em várias áreas e também com problemas estruturais que impedem alguns tipos de atividades. Eles relatam que pediram que a Secretaria Estadual de Educação encontrasse soluções em várias ocasiões, mas que até o momento os transtornos continuam.

“Os alunos do primeiro ano [do ensino médio] está faltando professores de português, redação e física. Eu tenho três alunos que estão aí no primeiro ano e já estão com dois meses sem esses professores e isso atrapalha bastante na questão da educação, na questão do ensino deles”, conta Cristiane Lacerda.

A questão estrutural também tem provocado mudanças no cotidiano. Com o auditório, alguns banheiros e até o ginásio de esportes interditados, os professores tiveram que improvisar.

“Agora os professores estão passando por um problema de ter que adaptar as aulas de educação física nas salas de aula, nos espaços que tem pela escola, nos corredores, nas vivências, no hall de entrada. O nosso auditório foi interditado também, reunião de pais ficou difícil de fazer, agora está tendo que fazer no refeitório”, conta um aluno que pediu para não ser identificado.

 

No ano passado a escola esteve envolvida na polêmica da mudança na forma de seleção dos alunos. A Secretaria de Educação queria acabar com o processo seletivo e incluir o militar na lista de escolas do sistema integrado. O caso acabou indo parar na Justiça.

Outro lado

Em nota, a Seduc disse que enviou professores na última semana para tentar suprir as aulas de português, redação e física, mas que eles não quiseram continuar na unidade. Disse ainda que fez novas contratações nesta segunda-feira (2) e que os professores já começaram a trabalhar.

Sobre a infraestrutura da escola, a pasta disse que repassou R$ 100 mil em fevereiro para reparos emergenciais na escola. Está prevista, de acordo com a Seduc, uma reforma na quadra de esportes, no auditório, nos banheiros e também na rede elétrica. O levantamento dos problemas deve terminar até o dia 30 de julho e então será aberta uma licitação.