Em livro, Roberta Miranda fala sobre estupro seguido de aborto na adolescência

Na autobiográfica 'Um Lugar Todinho Meu', a cantora falou sobre sexualidade e da violência vivida aos 16 anos.

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A cantora Roberta Miranda revelou em seu livro autobiográfico “Um Lugar Todinho Meu” uma violência que viveu na adolescência. Segundo Roberta, ela estuprada aos 16 anos e que o crime culminou em uma gravidez, por conta disso, o homem não aceitou e a agrediu. De acordo com a cantora, em decorrência da agressão o bebê foi “expelido”.

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“Eu tive o desgosto de cair nas graças de um playboy da pior espécie, que se divertia em causar mal às pessoas. Um beberrão, que andava armado e tocava o terror nas festinhas, bares e até prostíbulos”, narrou Roberta Miranda.

“Esse sujeito detestável me estuprou e, aos 16 anos, engravidei por conta desse abuso, com uma arma apontada para minha cabeça. Bobinha do jeito que eu era, demorei três meses para perceber que estava esperando um bebê”, continuou a sertaneja.

A cantora relata ainda que foi agredida por ele e sofreu um aborto ao contar sobre a gravidez: “Quando soube que seria pai, o maldito se revoltou e achou por bem resolver o ‘problema’ da única forma que ele sabia, com violência. Eu estava no quinto mês de gestação e ele simplesmente me deu um chute na barriga”.

“Acostumado a literalmente quebrar tudo, me largou no chão morta de dor e foi embora perturbar outras coitadas. Tentei dormir me contorcendo e, claro, não preguei o olho. A dor física realmente passou, mas fui acometida por outra muito mais dura. Não sei se provocado pela medicação ou pelo chute, meu bebê foi expelido”, completou.

Roberta Miranda revela que escondeu sexualidade

Wm sua autobiografia, Roberta Miranda revelou também que escondeu sua sexualidade por mais de 40 anos devido a uma promessa feita à mãe no leito de morte.

Segundo a artista, a mãe não aceitou sua orientação sexual, o que a levou a fazer o compromisso de manter o tema em sigilo. “Ficou marcada com muita força em mim. Naquela época, tudo era muito escondido, carreiras eram destruídas por conta de escândalos sexuais”, afirmou Roberta. Ela também destacou que, na época, a sexualidade era vista como motivo de vergonha para famílias católicas e para a sociedade.

Roberta Miranda se identifica como pansexual, ou seja, sente atração por pessoas independentemente de sua identidade de gênero. Apesar do longo período de silêncio, a cantora explicou que precisou de anos de análise e apoio de pessoas próximas para entender que podia abordar o assunto sem quebrar a promessa feita à mãe. “Sofri muito e precisei de anos e anos de análise e apoio de pessoas próximas para entender que podia, sim, falar disso sem trair a promessa feita à minha mãe”, relatou.

Em um trecho do livro, Roberta destacou a importância de compartilhar essa parte de sua vida em sua autobiografia. “Tenho certeza de que minha mãe, lá de cima, está abençoando minha decisão de dividir antigos segredos com os fãs, que tanto me apoiam, e merecem me conhecer por inteiro.”