Operação sigilosa da Polícia Civil goiana prendeu nesta quarta-feira (6) cinco agentes públicos da administração municipal de Pirenópolis, entre eles o titular da secretaria de Administração e Governo, Adriano Gustavo de Oliveira e Silva, e o secretário de Infraestrutura e Trânsito, Ozair Louredo da Cunha.
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Por meio de nota, a Polícia Civil informou que a investigação envolve fraude à licitação e desvio de recursos públicos por meio da empresa contratada pela administração municipal atual para prestação de serviço de limpeza urbana.
Também foram presos um controlador interno, um assessor jurídico e um assessor especial, bem como empresários de Goiânia, cujos nomes não foram divulgados.
Conforme a Polícia Civil, evidências apontam que o dinheiro era subtraído por meio da empresa Soma, de razão social Amarilis Prestacional Eirelli-ME, companhia contratada pela administração municipal para realizar serviços de limpeza urbana.
Segundo o portal da transparência do município, entre 2 de abril de 2018 e 31 de dezembro do mesmo ano, o contrato estabelecido com a concessionária foi de R$ 3,42 milhões.
Ao todo, oito mandados de prisão e outros 13 de busca e apreensão foram cumpridos em Pirinópolis e na capital do Estado. A operação é realizada pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia.
Outro lado
Em nota, a Prefeitura afirmou que está apurando os fatos da denúncia, já que a equipe ainda não tem conhecimento da ação, para depois divulgar um posicionamento oficial.
A assessoria de imprensa adiantou que a empresa oferecia serviço de pessoal para limpeza de Pirenópolis, bem como de maquinário para realizar os serviços. E, ainda, que o valor máximo de pagamento foi na ordem de R$ 240 mil, que correspondia a um período de alta temporada.
A justificativa para o valor é de que a movimentação de turistas no município era maior e exigia, muitas vezes, que os funcionários dobrassem o serviço a fim de manter a limpeza das ruas e espaços públicos.
O prefeito da cidade, João Batista Cabral (DEM), o João do Léo, não foi citado nas investigações e teria afirmado que, se as acusações forem confirmadas, ele vai pedir o afastamento dos envolvidos.