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Sete pessoas foram presas em uma operação contra corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recurso do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran). Denominada Cegueira, a ação cumpriu, na manhã dessa quinta-feira (7), 55 mandados de busca e apreensão: 32 contra pessoas e 23 contra empresas. Crimes foram cometidos na gestão anterior, entre 2014 e 2015 e resultaram em fraude de mais de R$ 100 milhões, segundo a Polícia Civil.
As investigações da Polícia Civil apontam que foram obtidos mais de R$ 100 milhões entre 2015 a fevereiro de 2019, por meio de superfaturamento e reajustes ilegais. O valor teria sido resultado de fraude em processo licitatório realizado pelo Detran em 2014 para o serviço de vistoria veicular.
A apuração mostrou ainda que diversas ilegalidades no procedimento, entre elas, critério indevido de julgamento de propostas; direcionamento na confecção do edital e ausência de audiência pública, bem como irregularidades relacionadas à habilitação da empresa Sanperes.
Até o momento, foram apreendidos 16 veículos e uma motocicleta, obras de arte de artistas renomados, como Antônio Poteiro, relógios de luxo e uma grande quantidade de dinheiro que ainda está sendo contabilizada.
Prisões
Entre os presos está o dono da Sanperes, Daniel Ganda dos Santos, e outras seis pessoas. O ex-presidente do Detran, João Furtado foi alvo de busca e apreensão.
Outro lado
Em nota, a defesa de João Furtado afirmou ver com perplexidade a determinação de busca e apreensão na residência do ex-presidente do Detran, visto que ele foi o responsável por requerer as investigações em 2015. Segundo o texto, o investigado prestou depoimento no ano em questão e respondeu todos os questionamentos.
“Todas essas questões serão enfrentadas no âmbito judicial, onde será demonstrado que João Furtado não possui qualquer vinculação com atividade e ou fatos ilícitos, pelo contrário, por onde passou, sua conduta sempre foi pautada pela retidão”, diz documento.
Também por meio de nota, a empresa Sanperes disse que foi surpreendida com a abordagem de agentes da PC que atuaram na Operação Cegueira. Conforme o texto, a empresa e os sócios não foram intimados para nenhum ato jurídico anterior.
“Trata-se de uma arbitrariedade perante a empresa, que sempre atuou dentro da legalidade, prezando pela ética e honestidade em suas atividades. A Sanperes e seus sócios possuem conduta ilibada reconhecidamente em todo o Estado de Goiás. O corpo jurídico da empresa irá tomar as providências cabíveis dentro da legalidade, buscando a apuração dos fatos e a efetivação da justiça, além de atuar no sentido de contribuir com o bom andamento do processo”. (Por Mais Goiás)