Dupla cria perfil falso de garota de programa, enganar pastor e divulga imagens íntimas dele na web

Um dos suspeitos é ex-membro da igreja em que a vítima era pastor. Polícia cumpriu mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Palmas e Paraíso do Tocantins.

A Polícia Civil está investigando um grupo suspeito de criar um perfil falso para obter e divulgar imagens íntimas de um pastor nas redes sociais. De acordo com as investigações, os suspeitos teriam se passado por uma garota de programa para enganar a vítima e, posteriormente, publicaram o conteúdo obtido em páginas de notícias.

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Nesta terça-feira (11), mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Palmas e Paraíso do Tocantins. A investigação apontou que os suspeitos também utilizaram perfis anônimos em páginas de notícias para divulgar as imagens e acusar falsamente o pastor de suposto assédio. Apesar do uso de perfis falsos, dois suspeitos foram identificados.

Os suspeitos têm 26 e 39 anos, mas seus nomes não foram divulgados. A investigação, conduzida pela 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC), revelou que um deles é ex-membro de uma igreja em Paraíso do Tocantins e insatisfeito com a administração da instituição e com o pastor, criou o perfil falso de uma garota de programa.

“Por meio desse perfil, o indivíduo enganou a vítima, convencendo-a a enviar imagens íntimas. Posteriormente, essas imagens foram divulgadas em portais de notícias na internet com o objetivo claro de desmoralizar o líder religioso e a instituição à qual ele pertence. Além disso, o autor ainda atribuiu falsamente ao pastor a prática de um crime que nunca ocorreu”, explicou o delegado Antônio Onofre.

Operação Unfollow

Durante a Operação Unfollow – cujo nome significa “deixar de seguir” –, foram apreendidos dispositivos eletrônicos que podem conter provas do crime. O criador do perfil falso, abordado em Palmas, confessou sua participação nos crimes. Já o responsável pela divulgação das imagens, que mora em Paraíso do Tocantins, também foi alvo da ação policial.

A Polícia Civil investiga a possível participação de mais pessoas no esquema. O caso será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para a adoção das medidas legais necessárias.