Dois são presos acusados de atrapalhar investigações na operação ONGs de Papel

A operação investiga suposto desvio de recursos de emendas parlamentares em convênios com instituições sem fins lucrativos.

Compartilhe:

Duas  pessoas investigadas pela Polícia Civil na operação ONGs de papel, que apura suposto desvio de recursos de emendas parlamentares em convênios com instituições sem fins lucrativos, tiveram prisão decretada nesta sexta-feira (30). A representação foi feita pela Divisão de Repressão à Corrupção – DECOR/DRACCO.

>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.

Os que tiveram a prisão decretada foram Iuri Vieira Avelar e uma pessoa identificada apenas pelas inciais R.P.L. O inquérito instaurado investiga possível cometimento de crimes contra a administração pública e organização criminosa na realização fraudulenta de eventos de interesse público pelo Instituto Prosperar – Cultura, Sociedade, Meio Ambiente e Desenvolvimento (IPROS).

Segundo a polícia, R. P. L. teria praticado conduta criminosa ao ameaçar uma testemunha. Ele também teria movimentado conta bancária de empresa investigada.  A  prisão preventiva dele, por embaraço de investigação envolvendo organização criminosa, foi decretada na ultima quinta-feira (29).

Ainda segundo a polícia, R.P.L, se apresentou na Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) Norte nesta sexta-feira, sendo encaminhado em seguida para a Casa de Prisão Provisória de Araguaína.

Apesar de já estar preso, Iuri também teve prisão preventiva decretada. Segundo a investigação, ele estava coordenando os atos de obstrução das investigações e destruição de provas.

A prisão preventiva de Iuro foi requerida pelo Ministério Público Estadual e decretada pelo Juiz Kilber Correia Lopes, substituto da 1ª Vara Criminal de Araguaína, sob o entendimento de que ele estaria atrapalhando as investigações. 

Ainda, para preservação das provas, a decisão judicial determinou que a Junta Comercial do Estado do Tocantins (Jucetins) se abstenha de efetuar qualquer alteração contratual no quadro societário das empresas investigadas.

A operação

Deflagrada no dia 1º de julho, a operação, já cumpriu 7 mandados de prisão e 9 de busca e apreensão. Foram bloqueados bens e valores que totalizam mais de R$ 2 milhões para ressarcimento ao erário.

na última semana, a denúncia contra quatro investigados pela operação ONGs de Papel, da Polícia Civil foi acatada pela Justiça. Com isso, os réus vão responder por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

As acusações são relacionadas a supostos desvios de recursos de emendas parlamentares por meio de eventos superfaturados. Conforme as investigações, o esquema causou um prejuízo de R$ 29 milhões aos cofres públicos.