DNA de criminosos mortos em caçada no Tocantins é usado para checar ação em mega-assaltos

O objetivo é verificar se a quadrilha que causou terror na cidade de Confresa (MT) participou de outros mega-assaltos no país.

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A Polícia Civil analisa o material genético dos 15 suspeitos mortos em confronto com as forças de segurança em meio à caçada no Tocantins, que completa um mês hoje. O objetivo é verificar se a quadrilha em fuga, após invadir a cidade de Confresa (MT) e atacar a PM e uma agência de transporte de valores, participou de outros mega-assaltos no país.

Com a análise de DNA, será possível identificar possíveis comparsas nas ações. Depois de coletado por peritos e levado a um laboratório de DNA no Tocantins, o material foi encaminhado para a Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga o caso.

O material deve ser incluído no Banco Nacional de Perfis Genéticos, uma plataforma que coleta dados de vestígios de DNA deixados em crimes e todo o país. Assim, será possível verificar a eventual participação em outros mega-assaltos no país dos criminosos mortos, como o ataque em Araçatuba (SP), em agosto de 2021. A ação foi semelhante ao mega-assalto ocorrido em 9 de abril em Confresa (no norte de MT) — com uso de fuzis, veículos blindados e explosivos.

Após o ataque frustrado em Confresa, os criminosos percorreram 160 km em carros blindados até Santa Terezinha (MT). O grupo então pegou dois barcos no rio Araguaia para cruzar a divisa com o Tocantins. Depois disso, invadiu uma fazenda para tentar fugir em um helicóptero. As buscas mobilizam cerca de 350 agentes de cinco estados.

O que se sabe sobre o caso

A maior parte da quadrilha é formada por pessoas vindas de São Paulo. Isso reforça a possibilidade de envolvimento dos suspeitos pelo ataque em Confresa no mega-assalto de Araçatuba. Nove dos 14 suspeitos identificados na ação em Mato Grosso são paulistas — entre eles, os dois presos. Três homens mortos ainda não foram identificados pela polícia.

Todos eles têm antecedentes criminais, segundo a polícia. Um dos fuzis apreendidos após confronto entre as forças de segurança e os suspeitos pertence à Polícia Militar de São Paulo. A arma foi identificada por causa do brasão, segundo a PM de Tocantins, que vê na apreensão mais um indício de que os criminosos atuavam em território paulista.

Os criminosos adotam a tática de “domínio de cidades”. A ação é um avanço em relação ao “novo cangaço” por ser mais perigosa e planejada. Essas quadrilhas contam com armas de grosso calibre, explosivos e veículos blindados para enfrentar as forças de segurança.

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