A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,9% no trimestre encerrado em junho, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.
Comparado ao trimestre anterior, que terminou em março, houve uma redução de 1 ponto percentual (p.p.) na taxa de desocupação, que estava em 7,9%. No mesmo período de 2023, a taxa era de 8%.
Este é o melhor resultado para um trimestre encerrado em junho desde 2014 (6,9%). Na série histórica comparável, essa é a menor taxa desde o quarto trimestre de 2014 (6,6%).
Os resultados mostram uma queda de 12,5% no número absoluto de desocupados em relação ao trimestre anterior, atingindo 7,5 milhões de pessoas. Em comparação com o mesmo trimestre de 2023, a queda é de 12,8%.
No trimestre encerrado em junho, a população ocupada cresceu 1,6%, totalizando 101,8 milhões de pessoas – um novo recorde da série histórica iniciada em 2012. No ano, o aumento foi de 3%, adicionando 2,9 milhões de pessoas ocupadas.
- Jogador de 23 anos tem mal súbito em partida de futsal, bate cabeça no chão ao cair e morre
- Vídeo: Policial aplica ‘mata leão’ em mulher durante abordagem truculenta no PA
Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, afirmou que 2023 teve bons resultados, com menor influência da recuperação do mercado de trabalho pós-pandemia de Covid. Em 2024, o crescimento está relacionado ao aquecimento da economia brasileira.
“Houve uma melhora no quadro geral das atividades econômicas, aumentando a demanda por trabalho na produção de bens e serviços. O mercado de trabalho tem respondido bem a esse aumento de demanda”, disse Beringuy.
O percentual de pessoas ocupadas em relação à população em idade de trabalhar – conhecido como nível de ocupação – foi estimado em 57,8%, um aumento de 0,8 p.p. em relação ao trimestre anterior. Comparado ao mesmo período do ano passado, o aumento é de 1,2 p.p.
O número de pessoas na força de trabalho (soma de ocupados e desocupados) aumentou 1,7%, totalizando 109,4 milhões. A população fora da força de trabalho manteve-se estável em 66,7 milhões.
Destaques da Pesquisa
- Taxa de desocupação: 6,9%
- População desocupada: 7,5 milhões de pessoas
- População ocupada: 101,8 milhões
- População fora da força de trabalho: 66,7 milhões
- População desalentada: 3,3 milhões
- Empregados com carteira assinada: 38,380 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 13,797 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,5 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
- Trabalhadores informais: 39,3 milhões
- Taxa de informalidade: 38,6%
Recorde de Carteira Assinada e Sem Carteira
O IBGE registrou novos recordes nos números de trabalhadores com e sem carteira assinada.
Entre os empregados com carteira assinada, o número chegou a 38,380 milhões, o maior patamar da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Em relação ao trimestre anterior, houve um aumento de 1%, agregando 397 mil pessoas ao grupo. Comparado ao mesmo trimestre do ano passado, o crescimento foi de 4,4%, adicionando 1,6 milhão de trabalhadores.
Já os empregados sem carteira assinada totalizaram 13,797 milhões, também um recorde. Aumento de 3,1% no trimestre, com 410 mil trabalhadores a mais. Comparado a 2023, houve um crescimento de 5,2%, ou 688 mil pessoas.
A taxa de subutilização, que considera desocupados, subocupados e pessoas que não estão procurando trabalho, mas gostariam de trabalhar, continua em queda. Atualmente, são 19 milhões de pessoas subutilizadas no país, resultando em uma taxa de 16,4% de subutilização. Esse é o menor número para o trimestre desde 2014, com uma queda de 1,5 p.p. em relação ao trimestre anterior e de 1,4 p.p. na comparação anual.
Por fim, a população desalentada caiu para 3,3 milhões, o menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões). Houve uma redução de 9,6% no trimestre e de 11,5% em comparação ao mesmo período de 2023.
Rendimento em Alta
O rendimento real habitual aumentou 1,8% em relação ao trimestre anterior, chegando a R$ 3.214. Na comparação anual, o crescimento foi de 5,8%.
A massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 322,6 bilhões, um novo recorde da série histórica do IBGE. O resultado representou um ganho de 3,5% em relação ao trimestre anterior e um crescimento de 9,2% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado.