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Desembargador recebeu R$ 300 mil para liberar suspeito de encomendar chacina, diz MPF

O crime foi em 2012, em Araguaína. O suspeito recebeu um habeas corpus de Ronaldo Eurípedes em 2013.

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O desembargador Ronaldo Eurípedes, do Tribunal de Justiça do Tocantins, teria recebeu R$ 300 mil para tirar da cadeia Carlos Roberto Pereira, acusado de encomendar uma chacina contra uma família de ciganos. A informação é do Ministério Público Federal (MPF). O crime foi em 2012, em Araguaína, e o suspeito recebeu um habeas corpus do desembargador em 2013.

Carlos Roberto  foi condenado a mais de 76 anos de prisão no ano passado, mas ainda recorre da sentença.

Ronaldo Eurípedes é o principal alvo da operação Toth, deflagrada na manhã dessa quarta-feira (15), pela Polícia Federal, o ex-presidente do Tribunal de Justiça doo Tocantins, também é investigado por suposta venda de Habeas Corpus que concedeu a Eduardo Pereira, conhecido como Duda. A operação da PF investiga venda de sentenças judiciais no estado.

Desde que ele assumiu o cargo de desembargador, em dezembro de 2012, Eurípedes adquiriu 28 imóveis e também investiu dinheiro em cabeças de gado.

Conforme as investigações, o motorista do magistrado, Luso Aurélio, é suspeito de ser operador do esquema. Uma testemunha disse durante o depoimento que ele ficava expondo os pacotes de dinheiro que recebia do desembargador.

O Superior Tribunal de Justiça determinou que a PF tenha acesso a documentos da época em que Eurípedes era advogado, porque existe a suspeita que sentenças podem ter sido negociadas antes mesmo dele ingressar no TJ. Uma investigação também está em andamento no Conselho Nacional de Justiça sobre o caso.

O desembargador disse ser inocente de todas as acusações. Já o motorista negou ter praticado qualquer ato ilícito e disse que vai prestar todos os esclarecimentos.

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