Os depoimentos de duas mulheres que confessaram ter sido servidoras fantasmas do Governo do Tocantins, em 2018, serão incluídas no pedido de cassação do governador Mauro Carlesse (PHS). A informação foi confirmada pelo procurador eleitoral Álvaro Manzano, nesta sexta-feira (15).
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O processo está na Justiça Eleitoral desde janeiro e acusa o governador de ter cometido crimes eleitorais na eleição suplementar em junho do ano passado.
Segundo o procurador, a contratação de pessoas pelo governo durante o período eleitoral já é objeto de uma ação que foi movida pelo Ministério Público Eleitoral pedindo a cassação do governador e do vice.
“Estas pessoas [que prestaram os depoimentos], a gente vai poder eventualmente trazer a este processo mais estes dados que, como eu disse, confirmam aquele fatos que foram narrados na ação”, afirmou Manzano.
Os depoimentos aconteceram durante o interrogatório conduzido pelo delegado José Anchieta em Araguaína na quinta-feira (14). As suspeitas confirmaram que foram contratadas em março de 2018 e nunca desempenharam funções no Estado e que o único serviço desenvolvido teria sido de cabos eleitorais nas duas campanhas do governador Mauro Carlesse (na eleição suplementar e eleição de outubro) e da deputada estadual Valderez Castelo Branco (PP).
A suspeitas são alvos da operação Cartase que apura supostos funcionários fantasmas nos poderes Executivo e Legislativo do Tocantins. Nesta sexta-feira, mais quatro pessoas foram ouvidas. Nenhuma delas ficou presa.
Sobre a questão, o Governo do Estado afirmou que não teve acesso ao inquérito da Polícia Civil e que não foi alvo da operação. Disse ainda que não irá comentar os desdobramentos sem ter acesso aos autos.
A deputada estadual Valderez Castelo Branco disse que não foi informada oficialmente sobre o assunto. Ela disse que, assim que tomar conhecimento dos fatos, se colocará à disposição para esclarecer às dúvidas.