O delegado-geral de Polícia Civil, Rossílio de Souza Correia, revogou a ordem de missão que criou uma força-tarefa de delegados para investigar um suposto esquema de funcionários fantasmas na Secretaria-Geral de Governo do Tocantins e na Assembleia Legislativa.
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O delegado alegou que delegacias não envolvias na operação estavam ‘desprovidas’ enquanto os delegados se dedicavam exclusivamente ao caso.
A ordem foi fada inicialmente para que a força-tarefa fosse revogada é do dia 16 de janeiro. Apesar dos delegados envolvidos pediram que Rossílio reconsiderasse, eles receberam resposta negativa no dia 25 deste mês.
Os delegados agora recorreram à Justiça para derrubar a ordem do delegado-geral.
No memorando, o delegado-geral orienta que a investigação fique nas mãos do delegado Cassiano Oyama, que comanda a 1ª DP de Palmas. Ele já participa da operação, mas atualmente, está de férias em viagem ao exterior.
Sindicato diz que atitude “causa preocupação”
Para o presidente do sindicato que representa os delegados, Mozart Félix, disse que “nos causa preocupação, já que ocorreu justamente no momento em que o Cassiano entrou de férias e viajou. Nós vamos ver o desenrolar no poder judiciário e aguardar”, pontuou.
Ainda segundo o representante sindical, os colegas que tiveram a ordem de missão revogada dizem que o trabalho é bastante complexo, com um volume de informação muito grande ainda por ser analisada.
Os delegados que questionaram a ordem são Wanderson Chaves de Queiroz e Gregory Almeida Alves do Monte.
No documento em que ordena a revogação, o delegado-geral criticou o pedido dos dois. “Será que os crimes apurados pelos requerentes têm procedência ou preferência legal na investigação com relação a crimes contra a vida ou crimes sexuais, por exemplo?” pergunta em trecho.
“Qual o motivo para a aparente paixão e/ou seletividade pelas citadas investigações?”, questiona em outro.
A operação
força-tarefa da operação Cartase conta com a participação de várias delegacias do estado para investigar danos ao erário público. As investigações começaram após denúncias de funcionários fantasmas do governo estadual em Araguaína, norte do Tocantins.
Depois, mandados foram cumpridos na Secretaria-geral de Governo, no Palácio Araguaia, onde os agentes encontraram indícios de que 300 funcionários estariam recebendo sem trabalhar.
O caso chegou na Assembleia Legislativa em dezembro. Na ocasião, o alvo foi um suposto funcionário fantasma lotado gabinete do deputado estadual José Bonifácio (PR).
Ainda no mesmo mês, três funcionários do deputado foram presos suspeitos de participar de um esquema. O deputado e a ex-mulher dele são apontados como beneficiários no esquema.
*Com informações do G1